Quatro criminosos investigados pelos crimes de tráfico e associação para o tráfico e organização criminosa foram presos nesta quarta-feira (15) durante a Operação Remanere, da Delegacia da Polícia Civil de Guarantã do Norte. Foram cumpridos os mandados de prisão preventiva contra dois homens e duas mulheres.
Os investigados foram indiciados por integrar organização criminosa, tráfico de drogas e associação para o tráfico de drogas mediante processo de intimidação difusa.
Conforme o delegado Lucas Lelis, as investigações demonstraram que os alvos eram “lojistas” do tráfico, ou seja, possuíam ponto de comercialização de drogas em Guarantã do Norte e eram responsáveis também pelo repasse do dinheiro arrecadado aos superiores na estrutura da organização criminosa.
A operação contou com a atuação de 15 policiais da Delegacia Municipal de Guarantã do Norte, Regional de Guarantã do Norte e Delegacia de Matupá, que cumpriram as ordens judiciais em três endereços.
Desdobramento
A Operação Remanere é um desdobramento da Operação Leyenda, deflagrada em 07 de abril deste ano pela Delegacia Municipal de Guarantã do Norte.
Naquela ocasião, foram cumpridos 17 mandados de prisão temporária e diversos mandados de busca e apreensão. Todas as prisões já foram convertidas em preventiva, quando não há prazo determinado para o término da custódia. Um investigado foi preso em 1º de junho e outros três alvos seguem foragidos.
O delegado de Guarantã do Norte já solicitou ao Poder Judiciário a conversão de todas as prisões em preventivas.
Operação
Remanere, em latim, quer dizer “deixado para trás”. Conforme explica o delegado, à época da deflagração da Operação Leyenda já havia indícios contra os quatro alvos presos nesta quarta-feira. Contudo, as informações ainda estavam em apuração e, em alguns casos, não havia a identificação do nome real do investigado, sendo de conhecimento da Polícia apenas os codinomes usados por eles utilizados nas ações criminosas.
Entre as duas operações realizadas para desarticular a atuação da facção criminosa foram indiciadas 25 pessoas, sendo que 22 delas estão presas.
O delegado pontua que os inquéritos apontaram a existência de uma organização hierarquizada, com divisões de tarefas e funções, que era liderada por uma casal, morador de Rondonópolis, mas com atuação em Guarantã do Norte. A investigação apurou que a esposa do líder do grupo criminosadava base financeira emprestando contas bancárias para a movimentação do dinheiro arrecadado com o tráfico na cidade.
Em Guarantã do Norte havia um criminoso que atuava como assistente do líder do grupo e era responsável por coordenar o tráfico com os lojistas, que atuavam também como disciplinas da facção, dando ordem para salves e decretos de mortes. “A organização se valia da difusão de temor na população para monopolizar o tráfico e movimentar o dinheiro vindo das atividades ilícitas”, finalizou Lucas Lelis, delegado de Guarantã do Norte.