Economia

Implantação da bolsa de suínos em Mato Grosso ameniza perdas para produtores

A Associação de Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat), a exemplo de outros estados, implantou no mês de maio, a primeira bolsa de suínos no Mato Grosso. A medida é uma forma que a associação encontrou para melhorar o ambiente de negociação entre os suinocultores e empresas interessadas em comprar a produção, ao mesmo tempo que visa acabar com a especulação de preço da carne suína no mercado. Também pretende tirar o suinocultor do vermelho.

A ferramenta já é utilizada por suinocultores de vários estados, como Santa Catarina, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. A partir dela, o produtor tem mais informações e maior segurança no momento de comercializar o suíno, sabendo que o preço que está recebendo é justo para o momento.

“Há algum tempo observamos muita especulação dentro do mercado suinícola, o preço pago ao produtor estava muito abaixo daquilo que encontramos na gôndola. Nesse caminho entre o produtor e o consumidor, alguém estava ganhando muito além do que deveria, e por isso, assim como outros estados já fazem, decidimos implantar a bolsa de suínos, como forma de chegar a um preço mais justo ao produtor, sem interferir no preço final da proteína”, explica o presidente da Acrismat, Itamar Canossa.
Implantada pela associação no dia 19 de maio, a bolsa é realizada semanalmente todas às quintas-feiras, durante reunião online com suinocultores de todo o estado, diretores da Acrismat e frigoríficos, quando são definidos os preços para a semana.

“Primeiramente vamos entender o que o consumidor compra e quanto ele está pagando. Com esse levantamento podemos balizar o preço de carcaça e o preço pago ao produtor. É uma forma de trabalho que conseguimos nos organizar melhor e eliminar a especulação, de uma forma que o preço não seja alterado para o consumidor final”, explica Canossa.

De acordo com levantamento realizado pela Acrismat, desde o período em que foi instalada a bolsa, já se observa um movimento de melhora no preço pago aos suinocultores sem alteração do valor pago pelo consumidor final nos supermercados e açougues. “Ao longo dessas semanas, em conversas com os compradores observamos uma diferença de 50 centavos entre o preço pago atualmente e o que poderia ser pago caso não houvesse a bolsa. Em um animal de 120 kg isso representa uma diferença de R$ 60. É um valor considerável para qualquer atividade”, pontua.

A modalidade bolsa já existe há 40 anos em Minas Gerais e há 25 anos em São Paulo, e serviram de parâmetro para outros estados.

Redação

About Author

Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

Você também pode se interessar

Economia

Projeto estabelece teto para pagamento de dívida previdenciária

Em 2005, a Lei 11.196/05, que estabeleceu condições especiais (isenção de multas e redução de 50% dos juros de mora)
Economia

Representação Brasileira vota criação do Banco do Sul

Argentina, Bolívia, Equador, Paraguai, Uruguai e Venezuela, além do Brasil, assinaram o Convênio Constitutivo do Banco do Sul em 26