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Suspeito de latrocínio de empresário em agência bancária em Cuiabá é preso em Portugal

Um trabalho conjunto das polícias Federal e Civil de Mato Grosso resultou na prisão de um homem de 32 anos apontado como acusado de envolvimento no latrocínio do empresário Carlos Lock. O suspeito foi identificado durante as investigações e estava foragido da Justiça. Ele tinha sido incluído na lista de procurados da Interpol e foi capturado em Portugal.

O acusado já foi extraditado pelas autoridades portuguesas e chegou em solo brasileiro na madrugada desta quinta-feira (17). Ele foi encaminhado para uma unidade prisional de Mato Grosso, onde ficará recluso.

De acordo com a Polícia Judiciária Civil (PJC), o suspeito estava detido desde abril, depois que a polícia européia cumpriu o mandado de prisão internacional. Ele foi ouvido no Tribunal da Relação do Porto, em 23 de abril, e, após os trâmites judiciais entre os dois países, foi realizada a extradição para o Brasil.

Latrocínio

A Justiça de Mato Grosso, por meio da Quinta Vara Criminal de Cuiabá-MT, já tinha decretado a prisão preventiva do homem depois que a polícia conseguiu a identificação do mesmo durante as apurações do latrocínio de Carlos Lock, 62 anos.

O crime ocorreu em 1º de outubro de 2019. O empresário chegava à agência do banco Itaú, na Avenida Fernando Corrêa da Costa, para fazer um depósito, quando foi abordado por um criminoso. Ele tentou reagir ao assalto e foi alvejado por disparos de arma de fogo feitos por um dos assaltantes.

A vítima foi socorrida, porém, não resistiu aos ferimentos e morreu três dias após o crime, em um hospital de Cuiabá.

As investigações conduzidas pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) identificaram três envolvidos que participaram da ação criminosa. O primeiro suspeito detido, apontado como executor dos disparos, foi capturado em abril de 2020. Ele é considerado de alta periculosidade, já que tem envolvimento com uma facção criminosa atuante no estado.

O segundo envolvido no latrocínio foi localizado e preso em maio do ano passado, durante a Operação Nimby, da Derf.

O terceiro envolvido, que foi preso em Portugal, foi identificado nas investigações da Derf como a pessoa que procurou o executor dos disparos e combinou com este o roubo, que teria apoio de outra pessoa.

Contudo, em declaração à polícia dois dias após o crime, quando foi conduzido pela PM à Central de Flagrantes após o carro dele ser identificado na investigação, ele informou que foi procurado por uma pessoa no dia do crime, que lhe pediu para fazer uma corrida até uma rua próxima ao local do crime, onde ele deveria ficar aguardando.

Porém, o “cliente” voltou para o carro ferido e armado e depois foi deixado próximo à sua residência. A investigação da Polícia Civil derrubou a versão apresentada pelo homem preso em Portugal e identificou que ele foi atrás do rapaz que fez os disparos e combinou para que este abordasse e roubasse o empresário na porta do banco. 

Com os elementos informativos, provas periciais e testemunhos reunidos durante as diligências, o delegado que presidiu as investigações à época do crime, Guilherme Fachinelli, representou pelas prisões dos envolvidos identificados na ação criminosa.

Redação

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