Economia

Nos próximos 4 anos, país terá sistema financeiro mais tecnológico, diz BC

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta quinta-feira, 28, que, “nos próximos três ou quatro anos, teremos um sistema financeiro muito mais tecnológico”. Segundo ele, é importante entender o processo pelo qual o sistema financeiro está passando, “de modernização da intermediação financeira”.

Durante evento do Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas (Lift), na sede do BC, Campos Neto afirmou que a tecnologia é um “grande agente de democratização”.

Ele citou ainda inovações tecnológicas com potencial de impactar o sistema financeiro, como os sistemas quânticos e o aumento da capacidade de armazenamento de dados. “Várias tecnologias estão avançando em estágio avançado, como o blockchain”, pontuou.

Campos Neto afirmou que os bancos centrais têm sido alertados, por meio da demanda popular, que “precisam ser mais rápidos” em suas ações.

O presidente do BC participou do evento de lançamento do programa Lift Learning, projeto para aproximar o meio acadêmico e as empresas do Sistema Financeiro Nacional (SFN).

A iniciativa é derivada do Lift, laboratório virtual lançado em maio do ano passado para viabilizar e promover protótipos de inovação financeira.

Inovação mais rápida
O presidente do BC afirmou que, com o Lift Learning e o sandbox regulatório (“caixa de areia regulatória”), “o Banco Central estará ainda melhor equipado para promover a inovação no Sistema Financeiro Nacional”. De acordo com Campos Neto, o sandbox regulatório será anunciado “em breve”.

Durante discurso, disse que, por meio de ações específicas, será possível fazer as inovações chegarem mais rapidamente ao cidadão.

Campos Neto afirmou ainda que “o processo de incorporação tecnológica ao Sistema Financeiro Nacional promove a inovação financeira e tem reflexos importantes para o sistema no sentido de democratizar, digitalizar, desburocratizar e desmonetizar”.

De acordo com o presidente do BC, “esse processo de incorporação se intensificou nos últimos anos, principalmente devido a melhorias e redução de custos na capacidade de processamento, na armazenagem de informação, na organização da informação e na interpretação da informação e uso de dados”.

O presidente do BC pontuou ainda que várias tecnologias estão despontando ou já em estágios avançados de uso, como o blockchain, o cloud, a inteligência artificial e a digitalização. “Precisamos trabalhar para incluir essas ferramentas no nosso dia-a-dia, mas sem perder de vista a segurança do sistema, que agora se desdobra também no ambiente cibernético”, ressaltou.

Quando questionado sobre o câmbio após seu discurso, Campos Neto deixou o evento sem falar com a imprensa.

Redação

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