Economia

Governo pode costurar acordo com PT para destaque não atrasar Previdência

Em meio às negociações para aprovar a reforma da Previdência em segundo turno no Senado, o governo acenou ao senador Paulo Paim (PT-RS) com a possibilidade de prever, na PEC paralela ou em lei complementar, a possibilidade de aposentadoria especial para vigilantes armados. A negociação está sendo costurada para evitar o risco de aprovação de um destaque do PT que abre brecha para a concessão de benefícios por periculosidade.

A intenção de Paim é contemplar vigilantes armados, mas a mudança proposta por ele acaba tendo abrangência maior e abre caminho para diversas categorias pleitearem aposentadoria mais facilmente, por causa da exposição à periculosidade.

O temor do governo é que Paim consiga convencer outras bancadas a apoiar a mudança. Por isso, o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, sua equipe e o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), deflagraram uma intensa negociação no cafezinho ao lado do plenário do Senado.

Para o governo, a periculosidade não é questão previdenciária, mas trabalhista. Desde 1995, não há enquadramento de aposentadoria por categoria ou por periculosidade. O que existe é aposentadoria especial para exposição a agente nocivo – como no caso dos mineiros.

O governo não quer permitir a abertura para a periculosidade, mas acenou com a possibilidade de atender ao pedido de regra especial para vigilante armado. Em troca, Paim retiraria o destaque, que tem impacto potencial de R$ 23,2 bilhões. O senador petista ainda não respondeu sobre se há ou não acordo.

Redação

About Author

Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

Você também pode se interessar

Economia

Projeto estabelece teto para pagamento de dívida previdenciária

Em 2005, a Lei 11.196/05, que estabeleceu condições especiais (isenção de multas e redução de 50% dos juros de mora)
Economia

Representação Brasileira vota criação do Banco do Sul

Argentina, Bolívia, Equador, Paraguai, Uruguai e Venezuela, além do Brasil, assinaram o Convênio Constitutivo do Banco do Sul em 26