A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (1º) a quarta fase da Operação Carne Fraca, denominada Operação Romanos. Cerca de 280 policiais federais estão cumprindo 68 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 1º Vara Federal de Ponta Grossa-PR, em Mato Grosso – nas cidades de Cuiabá, Nova Mutum, Mirassol D’Oeste e Nova Marilândia – e em outros oito estados do Brasil.
A ação visa apurar crimes de corrupção passiva praticados por auditores fiscais agropecuários federais em diversos estados, em benefício de grupo empresarial do ramo alimentício, que passou a atuar em colaboração espontânea com as autoridades públicas na investigação.
Além de Mato Grosso, os agentes federais vão cumprir os mandados nos estados do Paraná, São Paulo, Santa Catarina, Goiás, Pará, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
O grupo empresarial indicou que ao menos 60 auditores fiscais agropecuários teriam sido favorecidos com as vantagens indevidas. Há indicativos de que foram destinados R$ 19 milhões para os pagamentos indevidos.
Os valores eram pagos em espécie, por meio do custeio de planos de saúde e até mesmo por contratos fictícios firmados com pessoas jurídicas que representavam o interesse dos fiscais.
A prática ilegal teria sido interrompida no ano de 2017, quando o grupo passou por uma reestruturação interna.
Nome da operação
O nome da operação faz referência a diversas passagens bíblicas do Livro de Romanos, que tratam de confissão e justiça.
Carne Fraca
Deflagrada em 2017, a força tarefa apura o envolvimento e a participação de fiscais do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento em um esquema de liberação de licenças e fiscalização irregular de frigoríficos.