O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira, 16, que pode rever a política de preços da Petrobras se não houver prejuízos para a estatal. Ele deu a declaração na live semanal transmitida por sua página no Facebook diretamente de Dallas, no Texas (EUA).
“O pessoal reclama do preço da gasolina a R$ 5 e me culpa, atira para cima de mim o tempo todo. O preço do combustível é feito lá pela Petrobras. Leva em conta o preço do barril de petróleo lá fora, bem como a variação do dólar. Lógico que se a gente puder rever isso aí sem prejuízo para a empresa, sem problema nenhum, às vezes a política pode ter algum equivoco”, disse o presidente.
O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, que acompanhou Bolsonaro na transmissão, afirmou que os preços dos combustíveis no País só poderão ser reduzidos quando houver “maior produção, quando não formos dependentes do petróleo que hoje em dia ainda continuamos exportando e importando grande quantidade de diesel, gasolina e até etanol”.
Em abril, o presidente determinou que a Petrobras desistisse de aumentar o preço do diesel nas refinarias e a estatal cumpriu a ordem. O ação de Bolsonaro foi vista como uma interferência indevida na empresa.
Caminhoneiros
Albuquerque anunciou também que o governo iniciará os testes com o cartão do caminhoneiro no próximo dia 20 de maio. De acordo com o ministro, o cartão protegerá os motoristas das variações do preço do diesel no intervalo de 30 dias.
“Ele vai dar mais segurança, facilidade e flexibilidade e vai garantir o preço do combustível na forma de um cartão pré-pago por até 30 dias. Se o preço subir, o caminhoneiro vai ter a garantia do preço do diesel, e se o preço cair, ele pode pegar o cartão pré-pago, pegar o dinheiro dele e comprar mais combustível”, explicou.
Segundo o ministro, os testes serão feitos no Paraná, em São Paulo e no Rio de Janeiro. A partir de 25 de junho, o cartão valerá em todo o território nacional.