O Twitter é famoso pela instantaneidade de sua plataforma, mas depois de Júlio Cocielo usá-lo para compartilhar racismo, a plataforma tem sido utilizada como um currículo ideológico. No cenário brasileiro, o problema para alguns youtubers começou quando Cocielo comentou que o atacante negro Mbappé conseguiria fazer “uns arrastão top na praia” pela sua velocidade.
Compartilhado no último sábado (30), o comentário foi replicado por milhares e passou a ser a derrocada do creator. Conhecido pela vida regada a benefícios por contratos com grandes marcas, o jovem de Osasco viu seu nome se tornar manchete ao mesmo tempo em que o saldo bancário diminuía, pois patrocinadores como Coca-Cola, Adidas, Submarino e Itaú romperem ligações com ele.
Com sua vida virtual revirada, diversos outros tuítes tão racistas quanto foram evidenciados e os usuários começaram a investigar a posição de alguns de seus colegas. Preocupado com a atitude, o influenciador apagou mais de 50 mil postagens no Twitter, mas outros não foram tão ágeis e começam a sofrer as consequências.
Um dos colegas de trabalho que também começam a sofrer as consequências de posições condenáveis é o comunicador digital Cauê Moura que apresentava o canal “Ilha de Barbados”. Conhecido pela sua postura provocadora, ele também começou a chamar a atenção por publicações como “se meu desprezo por fã clubes de internet pudesse ser convertido em AIDS, eu seria a África”.
Para entender melhor o tamanho dos equívocos, veja abaixo uma compilação de suas declarações:
Surpresa com o retrospecto, a startup voltada para investimentos Warren, única parceira do canal que também era comandado por Rafinha Bastos e PC Siqueira, rompeu qualquer vínculo com o youtuber. Em nota oficial, a companhia de Porto Alegre disse que “buscaram tweets racistas dele antigos e trouxeram ao ar. Repudiamos todo e qualquer discurso de ódio, de segregação, machista ou homofóbico. As pessoas precisam de amor, respeito e união. Prezamos isso como valor primordial”.
O segundo de muitos, Cocielo e Cauê Moura podem ser só a ponta de iceberg para que marcas vejam com mais cuidado as personalidades que assinam os contratos. Incansáveis, os seguidores denunciam a cada dia novas declarações condenáveis das celebridades virtuais e o horizonte é nebuloso para quem compartilhou pensamentos antiéticos.
Porém, se essa posição do mercado é passageira e qual será o desfecho de toda essa linha do tempo, só os próximos tweets poderão dizer.