As importações de soja pela China caíram 10% em março em relação a igual mês do ano passado, em linha com as expectativas de demanda mais fraca após o festival de Ano Novo Lunar, mostraram dados da alfândega nesta sexta-feira (13).
As compras de soja no primeiro trimestre, no entanto, ficaram ligeiramente mais altas na comparação anual, sustentadas por um consumo firme.
China retalia tarifas dos EUA e adota taxas sobre importações de soja, carros e aviões.
O recuo em março também ocorreu em meio às tensões comerciais entre a China e os Estados Unidos. Pequim anunciou na semana passada que iria cobrar uma taxa de importação de 25% sobre a soja dos EUA em resposta às tarifas propostas pelo presidente Donald Trump sobre bens chineses.
"As importações devem subir nos próximos meses, apesar da disputa comercial sino-americana, já que entramos na safra brasileira e estamos comprando principalmente soja do Brasil", disse Tian Hao, analista da First Futures.
As importações pela China de 5,66 milhões de toneladas de soja caíram ante os 6,33 milhões do ano passado, mas ficaram um pouco acima dos 5,42 milhões de fevereiro, segundo dados da alfândega.
A China é o maior comprador mundial de soja e importa 60% da oleaginosa comercializada mundialmente para produzir farelos para seus enormes rebanhos. Cerca de um terço de suas importações vem dos Estados Unidos.