A taxa de desemprego do ano de 2017 ficou em 12,7% e foi recorde da série histórica da Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio Mensal (Pnad), iniciada pelo IBGE em 2012. Isso quer dizer que, em média, o desemprego atingiu 13,23 milhões de pessoas da força do trabalho no ano passado. Esse também é o maior contingente de pessoas sem trabalho dos últimos cinco anos.
Em 2016, o desemprego médio do ano já havia passado para 11,5% da força de trabalho, ante os 8,5% registrados em 2015. Para 2018, analistas estimam que a taxa média do ano deva ficar na casa dos 12%, ou seja, ainda em dois dígitos. A Pnad considera tanto empregos com carteira assinada quanto os sem carteira.
Ao longo do ano de 2017, a taxa de desemprego atingiu 13,7% no período entre janeiro e março, o recorde para um trimestre de toda a série histórica. Depois disso, no entanto, vem recuando.
No quarto trimestre, a taxa ficou em 11,8% e atingiu 12,3 milhões de trabalhadores. O resultado indica um desempenho melhor que no quarto trimestre de 2016, quando a taxa tinha sido de 12%. Para o quarto trimestre de 2017, a mediana de expectativas dos analistas ouvidos pela Bloomberg apontavam um desemprego de 11,9%.
Ao atingir uma média de 13,23 milhões de pessoas no ano passado, o número de desempregados cresceu em 1,47 milhão de pessoas em relação a 2016. A média da população ocupada, no entanto, cresceu nessa mesma comparação, de 90,38 milhões de pessoas em 2016 para 90,64 milhões no ano passado.
O número de empregados no setor privado caiu em 953 mil pessoas entre esses dois anos. Esse grupo era formado por 34,3 milhão de trabalhadores em 2016 e caiu para 33,34 milhões em 2017. Já os empregados informais saltaram de 10,15 milhões para 10,7 milhões nessa mesma comparação.
Ainda em relação ao ano anterior, em 2017 o número de pessoas empregadas como domésticos ficou estável, em 6,17 milhões. Já os epregadores passaram de 3,9 milhões para 4,24 milhões. Os conta própria também ficaram estáveis: eram 22,5 milhões em 2016 e 22,68 milhões em 2017.
O rendimento médio de todos os trabalhos saltou de R$ 2.091 para R$ 2.141.
Na semana passada, o Ministério do Trabalho, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), mostrou que o emprego formal segue em baixa no país. No ano passado, o saldo ficou negativo em 20 mil postos de trabalho. Ou seja, essa foi a diferença entre o número de contratações e demissões, que se sobrepuseram.