A empresária e vítima de sequestro, Milene Falcão Eubank registrou boletim de ocorrência, nesta segunda-feira (20.11), informando que foi envolvida indevidamente em uma campanha na internet, para arrecadação de dinheiro ao investigador Sidney Ribeiro dos Santos, alvejado por criminosos na ação de resgate, na sexta-feira (17). A campanha usando o nome do policial civil arrecadou R$ 9.450 mil.
A Polícia Judiciária Civil (PJC) orienta a tomar cuidado com esse tipo de arrecadação feita via sites na internet e esclarece que não houve autorização da família e da Polícia, para esse tipo de campanha.
O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) e a Polícia Judiciária Civil, informa que em nenhum momento deixou de acompanhar o estado de saúde do policial civil, assim como prestou e continuará prestando toda a ajuda necessária à família do investigador de polícia. A empresária também se dispôs a ajudar diretamente à família do investigador, sem intermédio de redes sociais.
O policial civil, lotado na Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Veículos Automotores (Derrfva), foi alvejado na região do bairro Ouro Fino, em Cuiabá, durante perseguição a três integrantes do grupo criminoso, que sequestrou a empresária. O investigador usava colete balístico, porém, foi atingido no rosto. Ele foi levado ao Pronto Socorro de Cuiabá, passou por cirurgia para retirada do projétil, que atingiu sua medula óssea.
Foi providenciado um colar cervical ao investigador, que na tarde de domingo (19), pôde ser transferido para uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital São Benedito, em Cuiabá, onde permanecerá em observação pelas próximas 48 horas.
No sábado, após a libertação da empresária e prisão de oito criminosos pelas forças de Segurança Pública, iniciou na internet e logo foi amplamente compartilhado nas redes sociais um link denominado vakinha.com.br, para doação de dinheiro destinado a saúde do policial civil.
Nesta segunda-feira (20), outro link intitulado "vakinhaoficial" começou a ser difundido nas redes sociais, pedindo novamente ajuda, em dinheiro, ao investigador. Nesta última, o nome do delegado, Vitor Hugo Bruzulato Teixeira, titular da Derrfva, também foi usado nos compartilhamentos, informando que a família havia comunicado o delegado sobre a arrecadação.
Conforme o delegado, Vitor Hugo, a prática pode incorrer em crime de estelionato, obter vantagem indevida em detrimento de uma situação delicada. Identificado que houve prática de crime, a Gerência de Crimes de Alta Tecnologia (Gecat) será acionada para auxiliar nos trabalhos para identificar os responsáveis.