Opinião

Doces cuiabanos

DOCES CUIABANOS

Os doces cuiabanos sempre foram destaque na boa mesa das residências cuiabanas, nos restaurantes, e eram destaque na lembrada Residência dos Governadores. Antigamente nos quintais cuiabanos havia plantação imensa de pés de goiaba, caju, limão, laranja azeda, jaca, figo, manga, aos poucos foram desaparecendo dos tachos de doces; devido ao crescimento da cidade, foram todos ao chão.

Antigamente as lembradas primeiras-damas como: Maria Eliza Bocaiúva Corrêa da Costa, Maria Aparecida Pedrossian, Maria de Lourdes Ribeiro Fragelli, Maria Lygia de Borges Garcia, Profª Isabel Campos, Ione de Azevedo Campos, Teté Bezerra, Lucimar Campos, Thelma Oliveira, deram suporte às nossas doceiras para comercialização de seus produtos. A cada dia venho percebendo que as famosas doceiras estão desaparecendo do nosso convívio, elas que são a boa referência dos doces saborosos. A preocupação da lembrada primeira-dama Maria Lygia Garcia foi fundar a Casa do Artesão, para a valorização do pequeno produtor. Os doces cuiabanos são uma referência da boa gastronomia cuiabana. 

LEMBRADO CLUBE FEMININO

O Clube Feminino ficou só nas lembranças do passado, sem um registro histórico para as novas gerações do que ele foi e o que representou para Cuiabá no auge da alta rotatividade esportiva e social. Hoje, onde foi o seu prédio funciona a Secretaria Municipal de Cultura, não há nem dados históricos das grandes pérolas cuiabanas que foram presidentes, nem tampouco uma galeria com fotos delas que deram suporte a este clube da elite cuiabana.

O Clube Esportivo Feminino foi criado em 1928 como sociedade civil desportiva e recreativa e considerado de utilidade pública por um decreto de 1949. Em 1928 fundou-se o Clube Feminino por Zulmira Canavarros, liderado por um grupo de mulheres intelectuais que davam suporte à casa. Lembramos a senhora Francisca Almeida Constantino, conhecida como Nini Cavalcante. D. Nini foi vice-presidente da instituição por dois anos e depois assumiu a presidência por cinco anos, quando aumentou a sede da organização.

O Clube era o local onde aconteciam os saraus, sessões lítero-musicais e teatrais, jogos esportivos, bailes e carnavais, buscando promover a recreação, o esporte e a cultura. O Clube Feminino tinha como uma de suas peculiaridades ter sido idealizado, fundado e dirigido por mulheres, por isso o nome Feminino – nada mais natural. 

SEM MEDO DE MORRER

Parece-me uma brincadeira, mas no fundo dá saudades de Lélio Duarte, Jê Fernandes, Martha Arruda, Jejé, João Pedro de Arruda, Lena Pierot, Henry Montgomery, Isabel Campos, Elza Biancardini, Fátima Sonoda e Jairo Pradela, dentre outras pessoas que se distanciaram do nosso convívio. Condição de bem viver. De alguma forma, o medo é um mecanismo de defesa de todos os seres vivos, entretanto, tudo depende da dosagem.

É normal que uma pessoa jovem se depare com certos exageros, tanto para mais quanto para menos. Como também é normal que, à medida que envelhecemos, aprendemos a superar o medo e conquistemos a serenidade própria de quem sabe bem avaliar perdas e ganhos. Esta serenidade diante de uma morte previsível é a única maneira de aproveitarmos todos os momentos que nos sobram, sejam eles ainda muitos, ou poucos. O que conta não é o número dos anos, mas a intensidade com a qual se vive a cada momento. A superação do medo da morte se transforma numa fonte de energia para enfrentar as limitações. A vida e a infância são a nossa imortalidade. 
 

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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