Os jovens Ivanildo Bacelar de Souza e Marques Willian da Silva Santos, foram condenados a 15 e 12 anos, respectivamente, pelo Tribunal do Júri do município de Sorriso (397 km ao Norte de Cuiabá). A sentença proferida pelos jurados acolheu as teses defendidas pelo Ministério Público Estadual (MPE-MT) de que ambos cometeram homicídio duplamente qualificado contra Vilmar da Silva Gomes Marcolino, de modo que agiram mediante a promessa de recompensa e com utilização de recurso que dificultou a defesa da vítima. Ivanildo também foi condenado por posse ilegal de arma de fogo.
De acordo com a promotora de Justiça que atuou no júri, Maisa Fidelis Gonçalves Pyrâmides, o crime ocorreu em 2015. Além dos dois executores, condenados nesta segunda-feira, também foi denunciado o mandante do crime, João Batista Fernandes Pereira, vulgo “Dragão”, que encontra-se foragido. Os executores estão presos no Centro de Ressocialização de Sorriso.
Consta na denúncia, que a motivação do crime teve início em 2013, quando o filho de João Batista Fernandes Pereira foi assassinado a facadas. Na ocasião, a autoria foi atribuída à sua esposa Francinete, que inclusive está sendo processada e aguarda julgamento pelo Tribunal do Júri.
Inconformado com a morte do filho e após tomar conhecimento que nora mantinha um relacionamento extraconjugal com Vilmar Silva Gomes Marcolino, o pai jurou que ambos morreriam. Dois anos depois, a promessa se concretizou: Vilmar foi atingido por dois disparos de arma de fogo quando realizava serviço de entrega de lanches. A execução ficou a cargo de Ivanildo e Marques Willian que no momento do crime estavam em uma motocicleta Honda.
Segundo o Ministério Público, a partir de denúncias anônimas a Polícia acabou chegando aos executores, sendo que um deles confessou a prática do crime e detalhou toda a dinâmica. De acordo com a sentença, ambos não poderão recorrer da decisão em liberdade e cumprirão a pena em regime inicial fechado.