O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) criou um grupo de trabalho para estudar mecanismos de ampliação dos recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) e viabilização de renovação do parque cafeeiro nacional, inclusive com de linha de financiamento. O grupo, que trabalhará por 90 dias, será constituído por representantes do setor privado no Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC).
Neste ano, o Funcafé conta com R$ 4,9 bilhões para financiar custeio, estocagem, aquisição de café, capital de giro para indústria de café solúvel, torrefação de café e para cooperativas de produção e para recuperação de cafezais danificados. As taxas de juros foram definidas, recentemente, no lançamento do Plano Agrícola e Pecuário 2017/2018. As taxas de custeio foram fixadas em 8,5% ao ano e de comercialização, 11,25% a.a.
O prazo de contratação de custeio para esta safra foi antecipado para junho, para se ajustar ao calendário da cultura. Na safra passada, o início foi em outubro. Além disso, foram flexibilizados os limites de financiamento para as operações de capital de giro para as indústrias e cooperativas. Nas operações de crédito da safra passada, os cafeicultores tomaram empréstimos do Funcafé de R$ 3,7 bilhões, de julho de 2016 até maio deste ano, correspondendo a 90% do programado.
De acordo com a estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Brasil vai colher nesta safra 45,6 milhões de sacas beneficiadas de café, em uma área de 2,2 milhões de hectares. Desse total, 341,4 mil hectares estão em formação e 1,8 milhão de hectares em produção.
O CDPC é formado por entidades como o Conselho de Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), Conselho Nacional do Café (CNC), Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), Associação Brasileira de Café Solúvel (ABICS) e ministérios da Agricultura, Fazenda, Indústria e Comercio, Planejamento e Relações Exteriores.