Política

Taques aponta economicidade e defende continuidade de contrato com Consórcio VLT

Foto: Andréa Lobo/CMT

Com Felipe Leonel

O governador Pedro Taques (PSDB) afirmou que o acordo firmado com o Consórcio VLT Cuiabá/Várzea Grande para a retomada das obras do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) foi a decisão mais acertada, mesmo com os indícios de que o grupo de empreiteiras tenha cometido uma série de irregularidades no passado, como apontou o relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Copa do Mundo, realizada na Assembleia Legislativa.

Conforme o tucano, a realização de uma nova licitação para escolher outra empresa para assumir os canteiros de obra sairia mais caro do que permitir que o Consórcio VLT reiniciasse os trabalhos.

“Nós temos uma ação na Justiça e precisamos respeitar o principio da economicidade. Se formos fazer uma nova licitação o valor pode bater quase R$ 2 bilhões, pois vai demorar muito tempo. [Continuar com] o Consórcio, quase a metade do preço”, declarou, na tarde desta quinta-feira (20), durante posse de novos controladores do Estado, no Palácio Paiaguás, em Cuiabá.

Taques disse que todas as eventuais irregularidades cometidas pelo Consórcio – formado pelas empresas Santa Bárbara, CR Almeida, CAF Brasil Indústria e Comércio, Magna Engenharia Ltda. e Astep Engenharia Ltda. – foram levadas ao conhecimento da Justiça Federal e aos Ministérios Públicos Estadual e Federal.

“Isso foi levado em conta no relatório e é por isso que levamos para o Ministério Público. O MP, com toda sua honestidade intelectual e trabalho, vai analisar esse fato também”, declarou. 

As obras do VLT devem voltar a partir do mês de maio deste ano e terá prazo para conclusão total de 24 meses. Pelo entendimento com o Consórcio, o Estado vai pagar R$ 922 milhões para a conclusão integral da implantação do modal.

Sem interferência

O governador ainda ressaltou que não tentou interferir na votação do relatório final da CPI da Copa do Mundo, que orientou o Governo do Estado a não executar as obras do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) com o consórcio.

“Seria o último governador a querer em imiscuir no trabalho e independência da Assembleia Legislativa”, disse.

O tucano declarou que o papel do Legislativo foi importante e alfinetou os deputados que estiveram na Assembleia Legislativa no período em que a obra do modal foi iniciada.

“CPI é muito importante. A CPI tem que investigar, mesmo. É preciso aprovar o que foi feito lá [na Assembleia Legislativa]. O nosso trabalho, que foi feito pela Controladoria [Geral do Estado], Procuradoria [Geral do Estado] e Secretaria de Cidades foi entregue aos Ministérios Públicos Estadual e Federal, e protocolado na Justiça Federal. Cabe a Assembleia Legislativa fazer o papel dela. Que bom que está fazendo. Se tivessem feito no passado, estaria bem melhor”, pontuou.

A CPI apontou a existência de fraudes, superfaturamento, descumprimento de contratos, pagamentos indevidos e má qualidade dos serviços. Além disso, pede que o Consórcio VLT devolva R$ 316 milhões aos cofres públicos.

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Redação

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