Foto: Alair Ribeiro – TRE-MT
Responsável por cuidar da fiscalização do processo eleitoral nas eleições de 2018, o vice-presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT), desembargador Pedro Sakamoto, disse que como um “mero eleitor” é contra os financiamentos de campanhas políticas, seja de forma pública ou privada.
Segundo o desembargador, a imprensa seria o jeito mais “transparente” de divulgação de candidatos, sem a interferência financeira.
“Particularmente, entendo que não deveria existir nenhum financiamento público e muito menos particular. Nós já temos a impressa que possa transmitir esse currículo do candidato, para que o eleitor então faça sua escolha de forma livre e consciente, sem interferência de poder econômico, por meio de financiamento público ou particular”, opinou o Sakamoto.
Considerando o atual momento político, econômico e social que o País vive, com a revelação de escândalos de corrupção, o desembargador frisou que a possibilidade é remota, mas a saída estaria nas mãos dos deputados e sanadores no Congresso Nacional, que discutem uma possível reforma no sistema político.
“Neste momento caberá ao Congresso Nacional, com nossos políticos, editar uma lei que possa dificultar sobremaneira a corrupção. Essa corrupção que nos assusta e nos preocupa muito. Acredito que nossos políticos terão capacidade de promover, de elaborar uma lei bastante severa. Se não eliminar, ao menos minimizar a corrupção”, defendeu o magistrado.
Para o vice-presidente o combate ao caixa 2 é uma situação “delicada” para se tratar, uma vez que as últimas eleições demonstraram a participação de grandes empresas dando subsídio a tal prática, que “desiquilibra o processo eleitoral”.
Em contrapartida, Sakamoto afirmou que para fiscalizar as eleições de 2018, além do próprio TRE-MT contará com o apoio da população. “Nós precisamos da colaboração de todos os eleitores para que haja o verdadeiro respeito a vontade popular, combatendo a corrupção e poder político, para que reine a verdadeira democracia”, disse.
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