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A colheita da soja, safra 2016/17, atingiu 100% da área plantada em Mato Grosso nessa semana e no início de abril importante consultorias revisaram suas projeções para sojicultura do país.
E em todos os novos levantamentos, a safra mato-grossense do grão, apesar de problemas com as fortes chuvas de fevereiro, terá oferta recorde, produção e produtividade históricas. Tanto a AgRural como a AgResource Brasil (ARC Brasil/CME Group), confirmam o ganho do rendimento por hectare, 53,7 sacas por hectare e 55,9 sacas por hectare, respectivamente. Mato Grosso é o maior produtor nacional de grãos e fibras (soja, algodão e milho).
Na avaliação da AgRural, a nova estimativa aponta leve redução na produtividade causada por excesso de chuva em fevereiro e início de março. Em razão desse acontecimento, bastante concentrado no oeste e norte do Estado, a média passou de 54,1 sacas para atuais 53,7, que seguem sendo recorde na média estadual e superam o resultado do ciclo anterior em 47,5 sacas.
Na apuração da ARC Brasil/CME Group a variação anual de produtividade em Mato Grosso está dando um salto de 18%. Conforme o novo levantamento, também divulgado ontem, os analistas prevêem 55,9 sacas e uma safra total de 31 milhões de toneladas.
“Conforme indicações feitas ao longo de março, quando as condições climáticas continuaram favorecendo as lavouras mais tardias, a AgRural revisou para cima, mais uma vez, sua estimativa de produção de soja na safra brasileira 2016/17. Projetada em 107 milhões de toneladas em 3 de março, a produção foi ajustada agora para 111,6 milhões de toneladas, com produtividade de 55,3 sacas por hectare e área de 33,6 milhões de hectares”, explica a analista Daniele Siqueira.
Em relação aos números de março, foram feitos ajustes positivos nas produtividades de todos os estados, exceto Pará e Roraima (inalterados) e Mato Grosso, que teve leve redução causada por excesso de chuva em fevereiro e início de março.
As produtividades estimadas para todos os estados do Centro-Sul do país são recordes. A AgRural divulgará seu número final de produção para a safra 2016/17 de soja na primeira quinzena de maio. Até lá, não se descartam novos aumentos de produtividade, especialmente no Norte/Nordeste.
Até quinta-feira (06), 82% da área de soja do Brasil estava colhida, ante 74% uma semana antes, 85% há um ano e 78% na média de cinco anos. Os trabalhos estão encerrados no Centro-Oeste e muito próximos do fim em São Paulo, Paraná e Minas Gerais.
MILHO – Para a segunda safra de milho, a AgRural manteve a estimativa de produção praticamente inalterada em relação à de março, em 61,4 milhões de toneladas. As lavouras se desenvolvem bem, especialmente depois das chuvas registradas nesta semana em áreas do sul de Mato Grosso do Sul e do oeste e norte do Paraná. Mas precipitações também seriam bem-vindas no sul de Mato Grosso, noroeste de Minas Gerais e em pontos de São Paulo.
ARC BRASIL – A AgResource Brasil elevou suas previsões a um recorde de 110,17 milhões de toneladas, contra 108 milhões de toneladas estimadas no mês de março. “A safra brasileira registrou produtividades acima do esperado em praticamente todos os estados do Centro-Oeste e da região Sul. A região do Matopiba ainda precisa ser observada, mas o prognóstico também é favorável. Apesar de alguns pontos particulares com perdas pela falta de chuva, a região oeste da Bahia e a maior parte do Tocantins têm registrado produtividades que superam as expectativas iniciais. Lembramos ainda que é prematuro afirmar que a produção nacional da oleaginosa irá superar este patamar, visto que ainda há quase 20% de área plantada que ainda não foi colhida no país”, destaca trecho do relatório.
Fonte: Diário de Cuiabá