Cidades

Mãe e filha estavam em avião de empresário que caiu em Paraty

O Grupo Emiliano divulgou a identidade das duas mulheres vítimas do acidente em Paraty (RJ), que matou o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, e mais quatro pessoas. Eram Maira Ilda, 23 anos, e a mãe dela, Maria Ilda, 55. 

Maira era massoterapeuta e prestava serviço a Carlos Alberto Fernandes Filgueiras, que passava por tratamento no ciático. Filgueiras era dono do avião e amigo de Teori. 

Maria Ilda, professora da rede infantil de ensino, veio de Juína, no Mato Grosso, visitar a filha, que morava em São Paulo. Carlos Alberto as convidou para um fim de semana em Paraty. 

"O Grupo Emiliano registra seus sentimentos e condolências para a família e amigos. E informa que está prestando apoio e informações aos familiares", diz nota do hotel. 

O acidente

O avião prefixo PR-SOM era um modelo Hawker Beechcraft King Air C90 e pertencia ao grupo Emiliano Empreendimentos. De pequeno porte, tinha capacidade para oito pessoas. 

Segundo a Infraero, a aeronave decolou às 13h01 do Campo de Marte, em São Paulo, com destino a Paraty, e caiu próximo à Ilha Rasa, a 2 km de distância da cabeceira da pista do aeroporto da cidade fluminense. O acidente ocorreu por volta das 13h45. 

Ainda não está totalmente claro o que ocorreu. Chovia bastante no momento do queda, segundo imagens de radar. O mau tempo é um fator que pode comprometer a aproximação do aeroporto de Paraty, em que as aterrissagens só podem acontecer em condição visual. 

Testemunhas disseram que não houve explosão. Uma delas afirmou ter visto o avião voando baixo ao fazer uma curva e batendo uma das asas no mar. 

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou que a documentação da aeronave estava regular. O certificado era válido até abril de 2022, e inspeção da manutenção (anual) estava válida até abril de 2017. 

O piloto Osmar Rodrigues, de 56 anos, era conhecido por ser "muito cuidadoso" e chegou a dar palestra para outros pilotos sobre como fazer a rota São Paulo-Paraty, segundo informações do Bom Dia Brasil. 

Investigações

A apuração das razões técnicas que contribuíram para o acidente, como a influência do mau tempo, da aeronave e do piloto, ficam a cargo do Cenipa, que esteve no local da queda na quinta-feira. Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF) irão apurar se houve eventual intenção deliberada de derrubar o avião. 

O MPF de Angra dos Reisx, no litoral sul do Rio de Janeiro, abriu inquérito a respeito. A responsável é a procuradora da República Cristina Nascimento de Melo. 

Na PF, o inquérito está sob responsabilidade do delegado chefe da corporação em Angra, Adriano Antonio Soares. O policial aguarda a chegada em Angra de um grupo da PF de Brasília, especializado em acidentes aéreos. 

Fonte: G1

Redação

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