O ministro da Agricultura e Pecuária, Blairo Maggi (PP), reagiu com indignação a denúncia acatada plea Vara Especializada em Ação Popular no processo cível derivado da Operação Ararath realizada pela Polícia Federal .
Leia a nota na íntegra:
No dia 26 de abril do ano passado, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, determinou o arquivamento de todas as acusações que pesavam contra mim na chamada Operação Ararath. Entendeu o procurador-geral "que não haviam nos autos indícios suficientes de crimes praticados pelo senador Blairo Maggi, nem vislumbra o Parquet outras diligências úteis à formação da justa causa necessária para oferecimento de denúncia no presente caso”.
Por isso, me surpreendeu a decisão, ainda que provisória, do juiz da Vara Especializada em Ação Civil Pública e Ação Popular, de receber a denúncia contra mim, no processo cível que deriva da mesma Operação.
Sem que absolutamente nada de novo tenha sido acrescido ao processo, o juiz veio na contramão do entendimento do Procurador-Geral da República, a quem coube apurar com rigor as denúncias que geraram o presente feito.
Com a consciência tranquila, estou pronto para prestar todos os esclarecimentos à Justiça e, recorrer da medida, por entender não ter sido justa a decisão proferida, ainda que liminarmente.
Blairo Maggi
A PF foi responsável em apurar a realização de pagamentos por parte do Governo de Mato Grosso em desacordo com as determinações legais, para empreiteiras, além do desvio desses recursos em favor de agentes públicos e empresários através a utilização de instituição financeira clandestina.
A análise de documentos apontou a utilização de complexas medidas de "engenharia financeira" praticadas pelos investigados com o objetivo de ocultar a real destinação dada a valores de precatórios pagos pelo Governo de Mato Grosso em nítida violação à ordem cronológica e determinações legais.
Entre os políticos citados nas fases anteriores da operação e nos vários inquéritos da Operação Ararath estão: o ex-deputado José Riva, o deputado estadual Mauro Savi (PR), o prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), o ex-deputado e atual conselheiro do TCE, Sérgio Ricardo (PR), o ex-governador Silval Barbosa (PMDB), o ex-secretário de Fazenda, Eder Moraes (PHS), os ex-conselheiros Alencar Soares e Humberto Bosaipo, entre outros.