rês homens com suspeita de febre amarela morreram no fim de semana em Belo Horizonte. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (15) pelo Hospital Eduardo de Menezes, na Região do Barreiro, onde eles estavam internados.
Os pacientes tinham entre 30 e 40 anos e eram trabalhadores rurais – um morava em Caeté e dois em Mariana. Os exames que vão apontar o motivo das mortes ainda não ficaram prontos.
Ainda segundo o centro médico, eles não haviam se vacinado contra a doença. Outras 13 pessoas estão internadas no hospital, que é referência no tratamento, com sintomas da doença.
Até a sexta-feira (11), a Secretaria de Estado de Saúde havia informado que nove pessoas haviam morrido por causa da doença.
No mesmo dia, o governo de Minas Gerais confirmou outras três mortes pela doença. Uma vítima era de Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e duas, de Mariana, na Região Central.
De acordo com a Prefeitura de Nova Lima, a última confirmação no município se refere a um paciente, de 60 anos, que morava no bairro Galo. Ele morreu na última sexta-feira (5), na Fundação Hospitalar Nossa Senhora de Lourdes. Já a prefeitura de Mariana informou que as duas vítimas da cidade moravam na zona rural.
As mortes registradas no estado se referem a pacientes de sete cidades:
três em Nova Lima, na Região Metropolitana;
três em Mariana, na Região Central;
uma em Brumadinho, na Região Metropoliatana;
uma em Carmo da Mata, no Centro-Oeste;
uma em Barra Longa, na Região Central;
uma em Caeté, na Região Metropolitana;
uma em Mar de Espanha, na Zona da Mata.
Óbitos de julho de 2016 a junho de 2017
O primeiro período de monitoramento da febre amarela foi entre julho de 2016 a junho de 2017, quando ocorreu o surto da doença no estado. Neste período, segundo o governo, foram 162 mortes – 26 em 2016 e 136 em 2017. Ainda de acordo com a secretaria, 475 casos foram confirmados nesta época.
Febre amarela
A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus transmitido por mosquitos infestados. Em área rural ou de floresta, os macacos são os principais hospedeiros e a transmissão ocorre pela picada dos mosquitos transmissores infectados Haemagogus e Sabethes. Já em ambiente urbano, a partir do Aedes aegypti, de acordo com o Ministério da Saúde. Não há transmissão direta de pessoa a pessoa.