Em menos de quatro anos a cidade teve três prefeitos de ideologias diferentes, inclusive um nem chegou a tomar posse. O inferno político começou com o petista Diá (Francisco Assis dos Santos) que se elegeu em 2008, mas teve sua candidatura cassada em 28 de março de 2009, assumiu a prefeitura o vereador Daniel Correia (PDT), que cumpriu mandato tampão até a eleição extemporânea que elegeu o pecuarista Adário Carneiro (DEM).
Hoje na mesma data em que Diá foi cassado o município volta a ter mais um revés político com a morte de Patrícia Vilela. Com 8.881 habitantes e com a economia concentrada na pecuária e agricultura, Ribeirão Cascalheira, localizada a 900 quilômetros de Cuiabá, na região Nordeste do Estado, se prepara agora para superar a tragédia ocorrida às vésperas da Páscoa e empossar o novo prefeito, o quinto no período de quatro anos e três meses.
Segundo o presidente da Câmara, vereador João Abadio de Melo (PP), a posse de Reynaldo ainda não está marcada. “Ainda temos que superar o trauma que a cidade está enfrentando e também os trâmites burocráticos para declarar a vacância do cargo e convocar o vice-prefeito para assumir. Acredito que isso deve ocorrer entre terça ou quarta. Mas, essa agora não é a nossa preocupação diante da dor que todos estão sentindo”, disse ele.
Reynaldo afirma que sua preocupação é com a família da prefeita, “nessa hora temos que ter respeito pela dor da família. O momento não é oportuno para falarmos no dia da posse. Ela vai acontecer, mas essa não minha prioridade agora. Seria até inconveniente de minha parte pensar nesse assunto nessa ocasião tão delicada”.
Eleição
A prefeita Patrícia Vilela foi eleita para sua primeira experiência política com 2.519 votos (50,64%) pela coligação PMDB, PSB, PP, PDT, PT, PTB, PSDC, PV e PSDB. Ela derrotou o prefeito Adário Carneiro Filho (PSD), que concorria à reeleição.
Por muitos na cidade ele começou a ser considerada a solução para o inferno político, colando um fim nas brigas e desavenças criadas pelos adversários.
Agência da Noticia