Política

Vereadores voltam atrás e revogam lei de aumento de salário

Foto: Ahmad Jarrah

Uma semana após aprovação dos vereadores, e três dias após publicação no Diário Oficial de Contas pelo prefeito, parlamentares de Cuiabá voltaram atrás e revogaram lei que criava verba de custeio no valor de R$ 5,2 mil. Agora, eles alegam que a lei possui vício de inconstitucionalidade material, uma vez que a verba de custeio tem caráter remuneratório.

Na sessão plenária desta quinta-feira (26), os parlamentares apresentaram um projeto de lei complementar, que revoga a lei nº 396, em que trata sobre a criação da verba de custeio de atividades externas aos parlamentares. A verba serviria para bancar gastos com alimentação, transporte e compras externas. O vereador poderia receber mensalmente até 35% de seu salário que, atualmente, chega a mais de R$ 15 mil.

Conforme a Constituição Federal em seu artigo 39º, parágrafo quarto, a remuneração do parlamentar deve ser efetuada por meio de subsídio fixado em parcela única. Segundo os vereadores, não é de iniciativa do Executivo Municipal fazer projetos de lei que aumentem a despesa do Legislativo. “Trata-se de uma atribuição exclusiva à legitima gestora do orçamento, a Mesa Diretora”, pontua o presidente da Câmara Júlio Pinheiro (PTB).

A lei foi aprovada pela Câmara durante a sessão plenária do dia 19 de novembro e publicada no Diário Oficial de Contas de segunda-feira (23). A revogação foi assinada por 25 vereadores. Eles alegam que estão empenhados em garantir a legalidade da verba indenizatória junto ao judiciário do Estado.

“A Mesa Diretora do Parlamento Municipal, entretanto, tem o compromisso de zerar o déficit orçamentário de R$ 8,1 milhões deixados pela gestão anterior até o final deste ano. Por conta disso, optou por não implantar a medida” destaca trecho da nota do vereador Júlio Pinheiro.

Redação

About Author

Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

Você também pode se interessar

Política

Lista de 164 entidades impedidas de assinar convênios com o governo

Incluídas no Cadastro de Entidades Privadas sem Fins Lucrativos Impedidas (Cepim), elas estão proibidas de assinar novos convênios ou termos
Política

PSDB gasta R$ 250 mil em sistema para votação

O esquema –com dados criptografados, senhas de segurança e núcleos de apoio técnico com 12 agentes espalhados pelas quatro regiões