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Em sabatina com vereadores de Várzea Grande o atual secretário de Saúde, Cassius Clay de Azevedo, disse que não sabia dos aproximadamente 400 mil medicamentos vencidos e culpou a imprensa por vazamentos e informações desencontradas. O atual gestor foi a Câmara para falar sobre os remédios, mas pouco revelou durante a sessão desta quarta-feira (29) e ainda foi desmentido por vereadores e ex-gestor da pasta. O secretário de Lucimar Campos foi acusado de saber antes de assumir a pasta sobre a existência do lote vencido e nada fez.
Segundo a vice-presidente da Câmara, Miriam de Fátima Pinheiro (PHS) todos já sabiam dos medicamentos vencidos "a medicação que ele falou, que estava vencida, estava tudo auditada. Então não precisava desse alvoroço. Tem documento provando no tribunal de contas e todo mundo sabe que tudo isso estava auditado", afirmou a vereadora ao sair da sessão.
Conforme ela o secretário falou inverdades para a imprensa durante um mês e que ele já sabia que os remédios vencidos não pertenciam a gestão passada. Apesar de se contradizer, a vice-presidente afirmou perante as câmeras que ficou constrangida ao saber do fato noticiado pelos jornais. ” Nós ficamos sabendo dos medicamentos vencidos pela mídia, isso nos deixou muito constrangidos. Isso gerou uma polêmica muito grande. Como eu falei, agora, estava tudo auditado, então não estávamos vendo tanta importância para essa repercussão", voltou a dizer.
Em sua defesa Cassius Clay disse que não conhecia os pormenores da secretaria antes de assumir o cargo executivo. "Não tinha nenhum conhecimento dos medicamentos vencidos antes de ser o secretario de saúde, pois meu trabalho era restrito ao Pronto Socorro de Várzea Grande como infectologista. na época que eu trabalhava como médico faltavam alguns medicamentos, então não era possível que eu soubesse desses lotes a vencer. Somente como secretário que assumi a pasta que tomei conhecimento dos medicamentos", falou.
Versão constestada
Todavia o ex-secretário de saúde também se juntou ao coro e reafirmou que o atual gestor sabia dos medicamentos vencidos antes de assumir a pasta e nada fez. " Ele fazia parte da minha equipe ele tinha conhecimento, pois a mesma equipe que está com ele hoje fazia parte da nossa gestão, ou seja ele sabia dessas informações e mesmo assim divulgou para a mídia e hoje aqui na sabatina com os vereadores voltou a dizer que não sabia de nada", argumentou Abdallah.
Ainda conforme o ex-gestor de saúde em sua administração todos sabiam do que acontecia dentro da secretaria. "A gestão era conjunta e não unilateral. Tínhamos reuniões semanais, além disso quando ele entrou eu fiz uma transição transparente. Durante 15 dias repassei todas as informações. Se ele viu e não tomou nenhuma atitude isso é de se estranhar. Isso não era novidade para ele, e mesmo assim ele apresentou isso como outra coisa", finalizou.
Soluções
O secretário de Saúde disse que está levantando uma saída para que isso não volte a acontecer no município. "Estamos atrás de um software para gestão da entrada e saída desses medicamentos. Queremos o gerenciamento adequado e uma compra correta dos medicamentos", sinalizou.
apesar disso o ex-secretário disse que já estava organizado a instalação de um programa que ia gerir de forma digital a entrada e saída desses remédios. "Nossa estão conseguiu a parceria com o Tribunal de Contas onde nós firmamos com o estado de Minas Gerais um acerto que traria um software sem custo algum para gerir os medicamentos. Se ele quiser é só dar seguimento ao nosso programa", pontuou Abdallah.