Economia

Vendas no comércio ficam estáveis, após três altas seguidas

As vendas do comércio varejista brasileiro tiveram variação nula (0%) em julho frente ao mês anterior (com ajuste sazonal), após três meses seguidos de aumento, período em que o varejo acumulou ganho de 2,2%. A divulgação foi feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (12).

O IBGE explica que várias atividades repetiram o volume de vendas do mês anterior, com exceção dos hipermercados, que tiveram variação positiva de 0,7%, após um recuo de 0,3% em junho.

No confronto com julho de 2016, na série sem ajuste sazonal, o volume de vendas avançou 3,1%, acumulando variação de 0,3% nos sete primeiros meses de 2017. No acumulado nos últimos 12 meses, houve recuo de 2,3% em julho, dando prosseguimento ao ritmo de queda iniciado em outubro de 2016 (-6,8%).

Segundo Isabella Nunes, pesquisadora do IBGE, a liberação das contas inativas do FGTS, o maior controle da inflação e uma massa salarial positiva são fatores que impactaram positivamente nas vendas de hipermercado. “É uma atividade que tem muito peso no orçamento das famílias, em especial nas de renda mais baixa. Quem está em uma situação limite e tem um aumento de renda, vai comprar mais alimentos”, diz.

Comparação com 2016

Em relação a 2016, o varejo mostrou o quarto resultado positivo, e o varejo ampliado (que inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção), o terceiro.

“Com isso, se observa uma recuperação no acumulado em 12 meses, que embora esteja negativo para todas as atividades, quando se considera a evolução do índice se percebe uma redução sistemática do ritmo de queda em todas as atividades, confirmando uma recuperação das vendas mesmo que de forma moderada”, explica Isabella.

Vendas ainda estão 8,7% abaixo do recorde

Considerando 2017, as vendas no varejo mostraram resultados positivos no segundo trimestre do ano, após um primeiro trimestre negativo. De acordo com Isabella, o mês de julho veio com um ritmo mais forte que o segundo trimestre.

“A comparação de julho em relação ao mês anterior ficou estável após três meses de crescimento consecutivo, onde se acumulou 2,2%. Mesmo com esses três meses de crescimento, onde se observa evolução na série histórica, percebe-se que o patamar atual está 8,7% abaixo do encontrado em 2014, que antecedeu os dois anos de resultados negativos. É uma recuperação que não neutraliza todas as perdas passadas”, avalia.

Redação

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