O Cenário econômico mudou rápido e a necessidade de obter bons resultados no prazo mais curto e com menos gente alterou os requisitos principais para quem está em busca de um emprego.
As caracteríticas mais em alta nas seleções são: visão de dono, engajamento, inteligência emocional, generalista, proatividade e relacionamento interpessoal, independente do cargo.
“Essas características lideram os pedidos de 65% dos clientes. Há alguns anos, as características mais procuradas eram: humildade, estabilidade, inteligência emocional, trabalhar bem em equipe e profissional especialista”, comenta Juliana Constantino, gerente da unidade Luandre Centro.
As grandes mudanças estão, especialmente, nas duas primeiras características: visão de dono e engajamento. As demais, dinamismo, proatividade e relacionamento interpessoal sempre estiveram entre as prioridades, porém a especialista cita que inteligência emocional não sai da lista de preferências dos contratantes.
“De uma forma geral, a inteligência emocional é a principal característica exigida pelos contratantes, pois o profissional que consegue reconhecer e lidar com suas emoções se destaca nas demais características exigidas: visão de dono, engajamento, generalista, proatividade e relacionamento interpessoal”, afirma Juliana.
Por outro lado, a especialista destaca que a visão de dono seguida do engajamento tem se tornado cada vez mais imprescindível para a sobrevivência, sustentação e sucesso das empresas. A profissional afirma que isso se deve como óbvio resultado da equação em que todos estão precisando fazer mais com menos. “Só alguém com o entendimento dos reais desafios e muita vontade de vence-los é que será capaz de fazer a diferença nas empresas que sobreviverão à crise”, afirma.
Veja as principais características que serão requisitos nos processos seletivos nos próximos anos:
1) Inteligência emocional: é a principal característica exigida pelos contratantes. Apenas profissionais que conseguem reconhecer e lidar com suas emoções terão condições de desempenhar bem as demais: visão de dono, engajamento, generalista, proatividade e relacionamento interpessoal.
2) Visão de dono: permite que o colaborador sempre pense antes de qualquer decisão, desde o planejar uma estratégia de atendimento até a escolha de utilizar um recurso sem a menor necessidade, mesmo ciente de que terá custo elevado. Quando existe a identificação com a empresa a qual representa, a possibilidade de todas as ações estarem pautadas na visão de dono é altíssima. O colaborador com esta característica se destaca, não perde o tempo criticando a empresa, em fofocas desnecessárias quanto às decisões tomadas, pois ele conhece o caminho para contribuir para uma melhor estratégia, que de forma alguma é o da crítica junto dos colegas e sim junto daqueles que serão os agentes e mudanças, seus líderes.
3) Engajamento: acontece quando o profissional consegue aderir aos valores da empresa que representa, em que o propósito de vida se integra ao da empresa. Não é uma tarefa fácil ter profissionais que se identifiquem ao ponto de se destacarem dos demais pela da entrega e comprometimento. É uma construção diária.
4) Profissional generalista: hoje tem destaque já que estamos vivendo um tempo em que a flexibilidade e dinamismo nas rotinas estão cada vez mais necessárias. As empresas precisam de representantes sem limitações, com entendimento amplo do negócio, que lá na ponta consigam representar a empresa e não apenas uma fatia desta. Exemplo: hoje um profissional da área financeira, precisa conhecer a fundo que tipo de serviço é prestado pela empresa que representa, inclusive para negociar prazos de pagamentos com os clientes, caso não conheça, pode ter um posicionamento negativo ao ponto de estremecer uma relação construída pelas demais áreas de venda e entrega.
5) Relacionamento interpessoal: se destacam dentro de uma empresa, os profissionais que se relacionam bem, que demonstram respeito ao que estão ao seu redor. Esse respeito vai além de aceitar ideias, de sorrisos e “tapinha nas costas”, e sim com a condição de contribuir para que essa relação seja saudável por todos, posso ter uma diferença a até não concordar com algo, mas preciso escolher a forma em passar isso, sem ofender aquela ideia ou contribuição do colega. Neste momento, os grandes líderes estão preocupados em investir tempo para crescimento dos negócios e não em administrar conflitos na equipe, por isso, o profissional com a condição de se relacionar bem, se destaca e é tão requisitado. Lembrando, que este não está livre dos conflitos, mas sabe lidar com isso.
Fonte: G1