Política

União autoriza Mato Grosso tomar empréstimo de até R$ 600 milhões

O CMN (Conselho Monetário Nacional) autorizou Mato Grosso fazer empréstimo para lidar com financiamento de serviços públicos, com garantia do Tesouro Nacional. A liberação foi anunciada nesta quinta-feira (24), e o dinheiro deverá utilizado obrigatoriamente para investimento.

O novo caminho para entrada de dinheiro em caixa pode ser um socorro para a conclusão, por exemplo, de obras da Copa do Mundo em Cuiabá e Várzea Grande, dais quais somente algumas foram parcialmente entregues, enquanto outras sequer tiveram 50% do projeto executado, caso dos COTs (Centros de Treinamento) e do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos).

Mato Grosso integra uma lista de 14 Estados considerados bons pagadores pelo Conselho Monetário – Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Maranhão, Pará, Pernambuco, Paraná, Rondônia, Roraima e Tocantins também terão o benefício.

Cada um desses Estados poderá buscar financiamento entre R$ 300 milhões e R$ 600 milhões no sistema financeiro nacional ou organismos internacionais com aval do Tesouro. O valor irá variar de acordo com quantos empréstimos com garantia da União cada um tomou e com os seus endividamentos.

Neste ano, pela primeira vez, o Tesouro estabeleceu um limite para quanto Estados poderiam tomar emprestado com aval da União. No total, os Estados terão disponíveis R$ 7 bilhões.

A garantia da União ao tomar financiamento é importante para os Estados porque as taxas de juros cobradas são mais baixas nesse caso. Isso porque, caso o Estado não pague, o Tesouro honra o pagamento e depois bloqueia repasses a que os Estados têm direito por meio do Fundo de Participação dos Estados (FPE), que é abastecido por um percentual da receita com Imposto de Renda e IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados).

Do total que o CMN passou a permitir que sejam emprestados com aval da União, R$ 900 milhões estão reservados para os Estados que não fazem parte do Programa de Ajuste Fiscal (PAF).

Esses entes da Federação são Amapá, Rio Grande do Norte, Tocantins e Piauí.

A maior parte do limite permitido, R$ 6,1 bilhões, pode ser buscada pelos signatários do PAF, ou seja, pelos demais Estados, desde que sejam considerados como tendo boa capacidade de pagamento pelas regras do Tesouro.(Com Folha de S. Paulo)

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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