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Tumor no rosto de menina de 5 anos de SP é retirado em cirurgia nos EUA

Médicos do hospital LSU Health Shreveport, em Louisiana, nos Estados Unidos, retiraram o tumor do rosto da menina Melyssa Braga, de 5 anos, nesta terça-feira (20) em cirurgia de mais de 10 horas. Os médicos são especialistas em tumores grandes e em pescoço e cabeça.

"Pela Graça de Deus, pelo poder dele, a Mel está curada, ela não tem mais a doença. Todo o tumor foi retirado, no peso de dois quilos e meio. Ela está bem, está se recuperando bem”, disse a mãe Caroline Braga em um vídeo postado em um grupo de apoio à menina no Facebook.

Segundo Caroline, o osso do queixo foi retirado e uma placa de titânio foi inserida. “Conforme ela crescer, eu tenho que voltar para os Estados Unidos para refazer a cirurgia e trocar a placa”, disse.

Além disso, por volta dos seis anos, uma nova cirurgia deverá ser feita para a retirar um osso da perna e colocar na mandíbula. Depois, ainda segundo a mãe, ela vai fazer implante dentário.

“Graças a Deus ela está curada, a cirurgia foi um sucesso, o tumor estava entrando na nuca”, disse.

Caroline conta que os médicos não conseguiram especificar qual doença ela teve e vão enviar o tumor retirado para a cidade de Dallas, também nos Estados Unidos, para que façam análises.

Melyssa viajou com os pais e irmão no dia 9 para os Estados Unidos depois de uma grande campanha promovida pela família na internet para arrecadar dinheiro e buscar ajuda para o tratamento. Moradores de uma comunidade de Guarulhos, na Grande São Paulo, Manassés e Caroline Braga conseguiram arrecadar com a ajuda de parentes e amigos R$ 80 mil. Também ganharam as passagens e ajuda para retirada do visto especial.

Um médico brasileiro que trabalha há anos nos Estados Unidos soube do caso de Melyssa, se interessou e entrou em contato com a família. Além da cirurgia, o hospital também ofereceu um apartamento para que eles se hospedem durante todo o tratamento da criança.

A doença
A família de Melyssa descobriu o câncer chamado sarcoma desmoide em 2014. Durante uma brincadeira com a filha, os pais perceberam que o pescoço dela estava com um nódulo. Foram ao médico e, sem exames, receberam o diagnóstico de íngua e indicação de tratamento. Após idas e vindas ao pronto socorro do convênio, exames, tomografias e médicos especialistas, a mãe, levou a filha na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e lá foi constatado o tumor.

Após uma semana internada, muitos exames feitos e o tumor ainda maior, iniciaram o tratamento com anti-hormônio, que durou cerca de dois meses. Sem o resultado esperado, deram sequência com quimioterapia durante três meses. Mas com a imunidade baixa, e pouco resultado, os médicos constaram que Mel não poderia receber mais sessões da medicação.

“A última que ela tomou foi em maio de 2015. Ela estava com imunidade zero, com os glóbulos brancos baixos. Ela foi internada duas semanas, porque o organismo dela não estava mais aguentando”, conta a mãe.

Em uma conversa com o médico, a família soube que a quimioterapia não estava dando o resultado esperado, que Mel não aguentaria outros tratamentos e que os pais deveriam decidir se ela seria operada. “Eu perguntei se ela morreria fazendo ou não a cirurgia e ele disse que sim. Eu não acreditava, eu chorava”, lembra a mãe.

Fonte: G1

Redação

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