Economia

Transações com cartões de crédito e de débito cresceram 17,8% em 2013

 
Apenas os cartões de crédito, em 2013, registraram alta de 15,3% em relação a 2012, somando R$ 553 bilhões. As transações feitas com cartão de débito somaram R$ 300 bilhões, alta de 22,5% na mesma base de comparação. Com relação à quantidade de transações, em 2013, houve alta de 14% nos dois tipos de cartões, na comparação com 2012, um total de 9,3 bilhões de usos. O cartão de crédito, além disso, foi a quarta maior modalidade na composição da carteira de crédito dos bancos emissores.
 
Durante o ano passado, os cartões representaram, em média, 28% do consumo total dos brasileiros. No último trimestre, o percentual atingiu 30% pela primeira vez no país. A quantidade de terminais que aceitam cartões também cresceu: passou de 3,5 milhões de terminais no primeiro semestre do ano passado para 3,8 milhões no segundo semestre. Para o presidente da Abecs, Marcelo Noronha, o pagamento por meio de cartões é crescente no país. "Você chega numa banca de jornal, na feira, na praia e quer pagar com cartão", disse.
 
Segundo Noronha, a perspectiva para 2014 é um crescimento ainda maior. As transações com cartões de crédito e de débito sobem para R$ 1 trilhão, o que representa uma alta de 17,1%. "A tendência é uma penetração ainda maior [dos cartões] em todos os países, mas ainda no Brasil, onde o setor investiu fortemente na captura", declarou.
 
Os programas de recompensa, como de milhagens, devolveram aos consumidores de cartões R$ 2,4 bilhões em 2013. No ano passado, o montante foi de R$ 2,1 bilhões.
 
O tempo de permanência dos consumidores no rotativo do cartão foi de, em média, 18 dias. "A pessoa não fica lá indefinidamente, pagando o ano inteiro, porque você tem muitas opções de sair do rotativo". Noronha disse que os emissores têm estimulado o parcelamento do valor do rotativo, já que a taxa de juros dessa forma de pagamento é menor.
 
O comprometimento da renda do brasileiro atingiu 22% e o endividamento ficou em 45%. Para o presidente da Abecs, esse percentual alto de endividamento está associado ao crescimento do financiamento de imóveis, e não ao pagamento de contas a curto prazo, o que é um sinal positivo. "Isso mostra que o brasileiro, na verdade, não está endividado", declarou.
 
Agência Brasil 

Redação

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