Nesta quinta-feira (26) os trabalhadores técnico-administrativos da Universidade Federal de Mato Grosso, aprovaram de forma unânime a greve da categoria. O movimento paredista terá início no dia 10 de novembro, data em que a maioria dos trabalhadores das universidades federais de todo o país devem cruzar os braços. Além da greve, uma paralisação nacional já para sexta-feira (27) foi confirmada em Mato Grosso.
Segundo a coordenadora geral do Sindicato dos Trabalhadores Técnicos e Administrativos da UFMT (SINTUF-MT), o orçamento que havia sido congelado há dois anos, agora foi cortado pela metade. “A UFMT está com duas faturas de energia elétrica atrasadas, apenas para ilustrar o atual cenário”, apontou.
Uma panfletagem está prevista para acontecer no Campus, para explicar os motivos da greve. Entre eles, segundo a coordenadora estão: Negociação salarial, contra o aumento da contribuição previdenciária, defesa do ensino superior público, gratuito e de qualidade, em defesa dos serviços públicos, em defesa da jornada de 30 horas (jornada contínua com turnos ininterruptos), reposicionamento dos aposentados, 30 horas, 26%, e outras.
Ela explicou que existe um conjunto de medidas em tramitação que acaba com a carreira dos técnicos. “Nossa carreira foi conquistada e desenhada após vinte anos de luta. Estão tentando fazer mudanças para que os novos concursados nunca cheguem ao topo da carreira, que os salários fiquem achatados e congelados. Existem absurdos onde o trabalhador não poderá mais se qualificar, além da implementação da terceirização total e consequente fim do concurso público”, ressaltou Leia.
A assembleia geral dos trabalhadores contou com grande participação da categoria. Outra assembleia já foi marcada para o dia 09 de novembro, quando serão eleitos os membros do Comando Local de Greve.