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”Tive que lutar até pelos chinelos”, diz viúva de Robin Williams

Um mês após a disputa pela herança de Robin Williams chegar ao fim, a viúva do ator, Susan Scheiner Williams, falou publicamente sobre o assunto. Ela disse à revista "People" que recorreu à Justiça porque itens pessoais pertencentes a ela e a Williams poderiam ser retirados da casa dos dois sem o seu consentimento.

"Tive de lutar para ficar com os chinelos do meu marido", afirmou a viúva, que era casada com Williams desde 2011. De acordo com ela, os executores do testamento começaram a agir duas semanas após a morte do ator, em 2014, e ela descobriu que provavelmente não poderia manter seus presentes de casamento porque eles eram considerados "recordações". "A definição de 'recordações' [no testamento] incluía quase tudo, não havia critérios. Eu expressei minha preocupação", acrescentou.

Susan contou que tentou contato com os executores, mas não obteve resposta – e por isso levou a disputa aos tribunais, contra os três filhos do ator, Zelda, Zachary e Cody. "Eles estavam me isolando, e eu fui forçada a entrar na Justiça. Eu queria? Não. Mas eu ia lutar pelo que Robin queria, e eu ia lutar por mim e pelos meus filhos, então fui forçada fazer isso e todo tipo de coisas horríveis começaram a acontecer", disse, referindo-se à cobertura da imprensa sobre o caso.

Pelo acordo judicial estipulado em outubro, Susan poderá viver na casa em que morava com Williams até sua morte, quando a propriedade será então herdada pelos filhos do artista. Nesse período, ela receberá dinheiro para realizar a manutenção da mansão. A viúva também receberá um relógio usado pelo marido, as bicicletas que os dois comparam na lua-de-mel e os presentes do casamento.

"Cada centímetro desta casa tem nós, tem ele", disse Susan. "E o que saiu disso, finalmente, depois da longa batalha que parecia necessária mas não precisava ser, é que os desejos do meu marido foram ouvidos".

Williams estava "se desintegrando"

Susan falou pela primeira vez sobre a morte de Robin Williams no início do mês. Ela descreveu como o ganhador de um Oscar e astro do filme "Bom Dia, Vietnã" estava "simplesmente se desintegrando" física e mentalmente nos meses que antecederam sua morte.

O ator se suicidou em agosto de 2014, aos 63 anos, e havia sido diagnosticado com mal de Parkinson três meses antes. Ele mostrava sintomas, como enrijecimento, andar inclinado e confusão, afirmou a viúva no programa "Good Morning America", da rede de televisão norte-americana ABC.

Uma autópsia revelou que Williams também sofria de demência e um declínio progressivo das habilidades mentais, relatou Susan

"Se Robin tivesse sorte, teria tido mais três anos. E teriam sido anos difíceis. E há uma boa chance de que ele fosse internado", afirmou ela, referindo-se ao prognóstico de um dos médicos do artista.

Fonte: UOL

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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