Folhapress
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta quinta-feira (1º) que a tendência para a atividade econômica do segundo trimestre é de acomodação – ou seja, nem crescimento nem queda.
"É muito raro na economia que todos os trimestres sejam iguais, não há trajetória reta. A perspectiva [para o segundo trimestre] é de acomodação, não é perspectiva de volta da recessão, ninguém está falando nisso", disse Meirelles.
De acordo com o ministro, é "normal" e "dever do ofício" que economistas e empresários duvidem do ritmo da recuperação da economia. "Vamos aguardar com calma e serenidade. O Brasil voltou a crescer, não adianta lutar contra esse fato."
Sobre o crescimento nesta quinta pelo IBGE para o primeiro trimestre, de 1%, ele declarou que "o Brasil de fato retornou à rota de crescimento".
"Depois de oito trimestres, ou seja, dois anos em que o PIB brasileiro caiu seguidamente, pela primeira vez neste trimestre passado cresceu, e cresceu forte. A recessão acabou, não há dúvida", disse.
Ele reafirmou que a expectativa é de uma alta do PIB de 0,5% em 2017, com um ritmo de crescimento de 3% no último trimestre do ano.
COPOM
Ao comentar o comunicado do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central), que nesta quarta (31) reduziu os juros em um ponto percentual e que frisou a necessidade de reformas, ele disse que "é correto".
O BC sinalizou, no texto, que a expectativa é de reduzir o ritmo de cortes na taxa básica na próxima reunião.
"O comunicado é correto, no sentido que é preciso aprovar as reformas sim. É normal que o BC sinalize, depois de juros acima de 14% ao ano se aproximando perto de 10%, que o BC sinalize que vai continuar cortando, mas que pode ser em ritmo menor ou não", disse.