Cidades

Técnico-administrativos do Hospital Júlio Muller estão paralisados

A paralisação de servidores públicos federais está atingindo vários setores do Estado. Os trabalhadores técnico-administrativos do Hospital Universitário Júlio Muller (HUJM), decidiram participar da paralisação nacional marcada para esta quinta e sexta-feira (30 e 31). Além disso há a possibilidade de greve geral dos servidores com início na próxima segunda-feira (03).

No hospital, os trabalhadores cobram o reajuste salarial de 27,3%, reajuste dos benefícios, melhores condições de trabalho, respeito aos trabalhadores estatutários pelos gestores da Ebserh, e igualdade de benefícios para todos os trabalhadores do HUJM.

O Sindicato dos Trabalhadores Técnico-administrativos (Sintuf) afirmou, que mesmo no período de greve os servidores manter o funcionamento de 30% de atendimento nos setores do ambulatório, laboratório, internações, consultas, registros, além das áreas administrativas.  

Segundo a nota oficial da direção do Hospital Universitário Júlio Muller, o direito de greve será respeitado, porém o HUJM não tem competência para negociar com o Sintuf.  As reivindicações da categoria, como reajuste salarial e isonomia entre os trabalhadores do Hospital (celetistas e RJU), devem ser discutidas nacionalmente.

Nota Oficial HUJM: 

''A direção do Hospital Universitário Júlio Müller foi comunicada através do Ofício Nº099/2015, na tarde de terça-feira, dia 28 de julho, que os profissionais filiados ao Sintuf (Sindicato dos Trabalhadores Técnicos e Administrativos da UFMT) decidiram paralisar as atividades nos dias 30 e 31 de julho, próximas quinta e sexta-feira. 

O HUJM informa que o direito de greve será respeitado pela Instituição. Entretanto, a legislação determina que as entidades sindicais ou os trabalhadores comuniquem da decisão de paralisação aos empregados e usuários do Sistema Único de Saúde com antecedência de 72 horas. O que não ocorreu.

Para evitar medidas cabíveis, os gestores do Hospital alertaram os dirigentes do Sintuf que, nas próximas mobilizações, sejam observadas as regras pertinentes ao direito de greve. O HUJM ressalta ainda que as atuais reivindicações da categoria, como reajuste salarial e isonomia entre os trabalhadores do Hospital (celetistas e RJU), devem ser discutidas nacionalmente. A governança do Júlio Müller não tem competência para negociar com o Sindicato.

Pautas anteriores, relacionadas às condições de trabalho, estão sendo atendidas pela gestão da unidade de saúde. Desde que a Ebserh assumiu a administração do HUJM avanços foram alcançados, como a ampliação do quadro de profissionais com a realização de concurso público para 359 vagas, 342 delas ocupadas até julho de 2015.

Além disso, foram desenvolvidos projetos de Infraestrutura, e adquiridos equipamentos e mobiliários com investimentos na ordem de R$ 8,689 milhões (em 2014). Em abril deste ano, teve início a reforma na estrutura do prédio. Todo o telhado do hospital com aproximadamente 9 mil metros quadrados está sendo substituído. Orçada em R$ 2,360 milhões, a obra atende também a troca do cabeamento de informática e da rede elétrica.''

ATENDIMENTOS:

A direção do HUJM informa que a paralisação dos trabalhadores filiados ao Sintuf, nos dias 30 e 31 de julho, não afetará os atendimentos à população. Os serviços de Internação e Ambulatórios ocorrerão normalmente.

Sobre a adesão dos servidores do HUJM à greve que já está em andamento na UFMT e as propostas de escalas de atendimento do sindicato, a partir do dia 03 de agosto, a direção do Hospital informa que:

1. A confecção das escalas diante da mobilização de greve é de total responsabilidade das chefias de Unidades, Setores ou Divisões do HUJM e não da Comissão de Mobilização, por se tratar de responsabilidade legal dos agentes designados pela Gestão. Diante disso, serão apresentadas as escalas à Comissão que poderá emitir opinião.

2. O posicionamento do HUJM diante dos 30% é que os atendimentos externos poderão atender a este percentual, porém nos atendimentos de internação as escalas deverão ser mantidas em pelo menos 50% de seu efetivo.

3. Necessário ressaltar que a paralisação mobilizará apenas servidores contratados por meio do Regime Jurídico Único.

4. Considerando que há grande número de pacientes regulados para atendimento até 07/08/2015, dos quais muitos se deslocam do interior para esta instituição, foi enviada uma proposta de escala de greve para garantia de tais atendimentos até a data em comento, sem prejuízo de negociação para os dias posteriores.

Com assessoria 

Redação

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