Foto: Ahmad Jarrah/Arquivo CMT
O senador José Medeiros (PSD) avaliou que o governador Pedro Taques (PSDB) tem um prazo para conseguir viabilizar sua candidatura a reeleição.
De acordo com ele, que assumiu a vaga deixada por Taques no Senado, o tucano enfrenta grande desgaste político por conta da crise na saúde – causada pelo atraso nos repasses – e a questão envolvendo o pagamento da Revisão Geral Anual (RGA) aos servidores – proposto para ser pago em três parcelas no próximo ano.
“Neste momento, o governador precisa construir essa candidatura, por todas as dificuldades que tem. Com essa crise toda, ele sabe que precisa, até setembro, se mostrar viável para aglutinar. Se o Governo começar enfraquecido ano que vem, não vejo viabilidade. É preciso construir”, declarou durante entrevista à Rádio Capital FM, na manhã desta segunda-feira (5).
Além da questão da saúde, Medeiros avaliou que o embate com os servidores públicos pode acabar “contaminando” a opinião pública em relação a Taques. Desde o ano passado, o Executivo enfrenta dificuldades para realizar o reajuste aos servidores.
“O governador está com ‘três pescoços na frente’, pois está com a máquina. Mas, precisa se viabilizar na questão dos servidores. Os servidores contaminam muito.
Alternativas
Caso Taques não consiga se viabilizar, Medeiros vê o vice-governador Carlos Fávaro (PSD) como uma alternativa.
“Fávaro tem uma fidelidade canina ao governador. Ele nem admite tocar nesse assunto. Mas já foi falado que ele é um bom nome”, avaliou.
Além dele, o senador também citou o ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), que no ano passado desistiu de buscar sua reeleição ao Palácio Alencastro.
“Quando Mauro não saiu candidato, para mim, ele já se colocou como virtual candidato ao Governo. Ele é um candidato natural”, avaliou.
Uma terceira alternativa é o senador Wellington Fagundes (PR), do grupo de oposição ao Governo do Estado.
Medeiros pondera que o senador só sai candidato, caso Taques não consiga resolver as crises pontuais de seu Governo. “Wellington está trabalhando, mas de olho no governador. O governador se viabilizando, ele não sai. Sinto que ele está conversando, mas não irá para ‘bola dividida’. Ele está de olho no ibope do Governo”.