O acusado, Phivos Istavrioglou, de 29 anos, foi detido no sábado passado no aeroporto John F.Kennedy de Nova York após uma investigação que começou no ano passado, quando ocorreu o furto da obra realizada por Dalí em 1949 e avaliada em aproximadamente US$ 150 mil (cerca de R$ 252 mil).
Segundo explicou o procurador do distrito, Cyrus Vance, as câmeras de vigilância da galeria gravaram um homem no momento no qual introduziu esta obra de Dalí em uma bolsa da compra.
Estas imagens foram divulgadas pelos meios de comunicação e posteriormente o desenho foi enviado por correio da Grécia e de forma anônima à galeria nova-iorquina.
"Este roubo descarado em uma galeria de Manhattan é o último de uma série de casos de roubo e fraude no mundo da arte que meu escritório processou", assinalou Vance, que qualificou o furto de "surrealista".
As autoridades identificaram o acusado por uma impressão digital que havia no desenho e que puderam comparar com a de um roubo anterior que Istavrioglou havia cometido em um mercado de Manhattan.
A detenção aconteceu depois que Istavrioglou viajou para Nova York convidado por um detetive da polícia que se fez passar por um gerente de negócios de uma galeria de arte.
Istavrioglou foi detido no próprio aeroporto e acusado de roubo de segundo grau e agora será julgado pela Suprema Corte de Nova York.
Nos últimos anos, a Procuradoria de Manhattan averiguou vários delitos no mundo da arte, como a falsificação de pinturas de Damien Hirst, o roubo de três obras de Claude Monet e de seis pinturas valiosas do Hotel Chambers.
Fonte: FOLHA.COM | AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS