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STJ mantém prisão de mulher que confessou ter mandado matar marido em MT

O ministro Ribeiro Dantas do Superior Tribunal de Justiça (STJ) não aceitou o pedido de reconsideração e manteve a prisão da empresária Ana Claudia de Souza Oliveira Flor, que confessou ter mandado matar o marido, o empresário Toni Flor, em 11 de agosto de 2020.

Ana Claudia estava pleiteando no Tribunal Superior a possibilidade de reconsideração da prisão em regime fechado, transformando em prisão domiciliar. Ela está presa desde agosto de 2021.

"Em que pese a relevância dos argumentos apresentados, o pedido formulado na petição de reconsideração já foi examinado anteriormente e não se verifica nenhuma alteração no quadro fático, apta a justificar a reconsideração da decisão", disse o ministro.

Ele destacou que foi juntada a decisão judicial que determinou a prisão. No entanto, não foi possível aferir eventual ilegalidade e negou o pedido de Ana Claudia.

Ré confessa

A empresária Ana Cláudia Flor confessou em depoimento à Justiça, em sessão de julgamento no dia 24 de fevereiro, que pagou R$ 60 mil para matar o marido, o empresário Toni Flor. Ele foi assassinado em 11 de agosto de 2020, no momento em que chegava a uma academia, no Bairro Jardim Santa Marta, em Cuiabá.

Segundo a empresária, a encomenda do crime foi feita porque ela teria sido agredida pelo marido, nova versão apresentada do fato. Destacou que Toni teria feito ameaças a uma das filhas do casal. Então, a mulher procurou por Igor Espinosa e o contratou para executar o marido.

Sob encomenda

Três homens foram contratados pela empresária e, após o crime, a arma foi jogada no Lago de Manso. A princípio, a suspeita era que Toni teria sido confundido com um agente da Polícia Federal.

De acordo com o delegado, o homem que efetuou cinco disparos contra Toni confessou que Ana Cláudia negociou o valor de R$ 20 mil para cada criminoso.

Segundo ele, essa negociação foi feita durante uma videochamada.

O delegado disse ainda que o interesse da mulher na herança e a tentativa de esconder outro relacionamento podem ter motivado o crime. Em 2019, Ana registrou um boletim de ocorrência onde afirmou que foi agredida por Toni após ele flagrar uma conversa dela com outro homem pelo WhatsApp.

A polícia investiga se há ligação dos supostos amantes com o crime.

De acordo com o delegado, algumas perguntas feitas por Ana Cláudia causaram estranheza. Ela teria questionado se havia imagens do local e se apenas a confissão do atirador poderia condenar alguém.

Ela está presa desde agosto de 2021.

Morte

Toni foi assassinado a tiros quando chegava à academia, no bairro Santa Marta, em Cuiabá. O suspeito estava em frente ao estabelecimento, de cabeça baixa, e perguntou pelo nome dele e, quando ele respondeu, foi baleado.

A vítima correu para o interior da academia, sendo socorrida e encaminhada para o Hospital Municipal de Cuiabá, com quatro ferimentos.

Toni chegou ao hospital consciente, sendo encaminhado imediatamente para cirurgia, porém, não resistiu aos ferimentos e morreu dois dias depois.

Redação

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