O processo nesta segunda-feira é acompanhado por representantes da Rússia e dos Estados Unidos, que promovem a Conferência Genebra 2. A diplomacia russa tem sido a responsável pelos contatos e negociações de bastidores com o governo da Síria. Diplomatas dos Estados Unidos, por outro lado, têm conversado com a oposição.
Depois da primeira rodada de negociação, as partes não anunciaram quaisquer acordos e não chegaram a nenhum consenso sobre os pontos que estavam sendo discutidos – como fim dos embates armados e a questão humanitária. A dificuldade de se chegar a um consenso desapontou a comunidade internacional, especialmente depois da intensificação dos conflitos na cidade de Homs, no Oeste do país, cuja retirada de civis foi autorizada recentemente.
Especialistas estão céticos em relação a avanços. De acordo com o pesquisador Jordi Tejel, do Instituto de Graduação em Estudos Internacionais e Desenvolvimento de Genebra, a Conferência Genebra 2 não deverá ser breve. "Não esperemos resutados substantivos nesta rodada. A oposição pressiona pela saída do presidente Bashar Al Assad e o governo entende que ele tem de ficar no poder", explicou Tejel.
Uma das condições mais consolidadas da oposição é em relação à saída de Bashar Al Assad do poder e a criação de um mecanismo de transição do Executivo. O governo, por outro lado, insiste na permanência do presidente e acredita que um novo governo só deverá ser constituído por meio de eleições.
Agência Brasil