Após a busca por apoio do colégio de líderes da Assembleia Legislativa, na tarde da última quarta-feira (16), com o objetivo de garantir aumento de orçamento na Lei Orçamentária Anual (LOA) para o Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea), a direção do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Agrícola, Agrário, Pecuário e Florestal do Estado de Mato Grosso (Sintap), busca, agora, estreitar o diálogo com o presidente da autarquia, Guilherme Nolasco.
Atendendo a convite da presidente da entidade, Diany Dias, Nolaco esteve, durante toda a manhã desta quinta-feira, reunido com os diretores do Sintap e prestou esclarecimentos acerca de questões que têm travado o bom andamento do órgão, mas que podem ter ajuda de ambos os lados para fazer com que a autarquia se fortaleça e caminhe na direção de um crescimento digno não só para os servidores, mas também para uma melhor estrutura de atendimento aos cidadãos.
Dentre os assuntos a serem tratados com o presidente, o mais urgente deles é a questão do corte do orçamento previsto para o Indea na LOA 2017. Pelo que foi apresentado pelo Governo a autarquia teria somente R$ 8 milhões para desenvolver seu trabalho, o que é impossível já que este ano tinha previsão de R$ 20 milhões mas, segundo Nolasco, só recebeu R$ 13 milhões.
Para Nolasco é preciso não colocar todos os ovos na mesma cesta, deve-se diversificar. Assim, ao invés de buscar somente uma fonte de recurso, seria bom elencar várias alternativas para que nada mais trave a atuação do órgão e este possa seguir com seu trabalho de uma forma ou de outra e quem sabe até conseguir sua autonomia financeira.
Também foram esclarecidos na reunião sobre se poderá haver terceirização para a fiscalização sanitária em 2017, o qual Nolasco garantiu que não ocorrerá, e ainda se o papel do Instituto Mato-grossense da Carne (Imac) é fazer o que o Indea faz atualmente. Ele esclareceu que não. De acordo com o presidente a entidade é apenas uma certificadora assim como existem em outros países, mas que é algo que ajuda a dar mais valor à carne do Estado por ser uma certificadora de procedência de qualidade.
Outra questão foi o repasse que o Sindicato faz para o Estado entre 1% e 3% todos os meses para que seja utilizado em capacitação dos servidores e isso até hoje não ocorreu ficando uma defasagem muito grande entre um nível de agentes de defesa e outro. O presidente disse que vai verificar o repasse e pediu que o sindicato ajudasse na cobrança dessa ação assim como outras onde gestão e servidores podem ganhar juntos.
A presidente do Sintap avalia que a reunião foi produtiva porque foi repassado ao gestor todas as dúvidas sobre as ações do órgão e Nolasco respondeu a todas e se comprometeu a ajudar na solução dos problemas apresentados e é assim que deve ser daqui em diante. “O Sintap quer estreitar estes laços porque entende que deve acompanhar de perto e ajudar a gestão do Indea para que trilhe o melhor caminho no resguardo da qualidade do trabalho da defesa sanitária no estado de Mato Grosso. Já conseguimos apoio da Frente Parlamentar de Agropecuária para ampliar recursos e agora temos que ajudar a gerir da melhor maneira possível”, destacou Dias.