Economia

Setor produtivo da carne em Mato Grosso reclama da falta de logística; prejuízos com estradas ruins

que em todos os anos o dilema é o mesmo, pois a falta de manutenção no período de estiagem acumula os problemas na época da chuvarada.

 Pontes sem o mínimo de conservação, estradas que mais parecem uma peneira de tantos buracos e inúmeros atoleiros têm causado a intravegabilidade pelo setor em Mato Grosso, e claro a irritação é visível, a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) reclama e “implora” por melhorias, mas o governo do Estado principalmente nas MTs não atende as reivindicações.

 A associação informou que os pecuaristas com problemas procuram a entidade para falar das condições de trafegabilidade e da péssima logística do Estado, para os produtores sem boas estradas, o transporte de animais ficam inviabilizado, trazendo prejuízos para toda a cadeia, os pecuaristas de São José do Xingu, que logo na entrada da cidade tem uma enorme estátua se referindo a capital do boi gordo, reclamam que nessa época muitos animais morrem dentro dos caminhões em atoleiros que duram dias, pois as condições da MT 322 principal via de escoamento de animais está intransitável, “não passa nada”, reclamam eles.

 O superintendente da associação, Luciano Vacari, afirma que a Acrimat realiza pedidos constantes de reparos e manutenção na infraestrutura logística do Estado, sem, entanto, ser atendida, “os prejuízos atingem pecuaristas, frigoríficos e motoristas que acumulam atrasos nas entregas, perdas com qualidade de carcaça dos animais, danos aos veículos e descumprimento de prazos”, divulgou.

 O representante da Acrimat no Norte Araguaia, Eduardo Ribeiro da Silva de Vila Rica, relata que não há uma política de conservação e reparos nas estradas e, com isso as chuvas acabam por atrapalhar o escoamento da produção, seja agrícola ou pecuária, “o problema não é a chuva, mas a falta de infraestrutura. Todos os anos chove neste período e mesmo assim não há um cuidado de prevenção”, afirma o produtor de uma das principais regiões criadoras de bovinos, com rebanho de aproximadamente 1,1 milhão.

 E se você acha que só os pecuaristas “morrem” na mão do governo que não dá assistência nas estradas, está enganado, o vice-presidente do Sindicado das Indústrias Frigorificas de Mato Grosso (Sindifrigo-MT), Paulo Tadeu Bellincanta, “os danos aos pecuaristas refletem diretamente no beneficiamento da carne, pois é uma extensão”.

 “As perdas são inúmeras, vão desde o peso que reduz devido ao tempo dentro de caminhões, qualidade com relação a hematomas e machucaduras causadas devido a péssima qualidade que o animal sofre durante o trajeto e principalmente com relação ao cumprimento de prazos de entrega para clientes”, afirma Bellincanta.

 Pecuarista de São Félix do Araguaia reclama, Eder Macedo reclama que a situação é preocupante, pois o transporte para o frigorífico em Confresa demora e os produtores perdem dinheiro com os transportes, “são 300 km apenas, mas que parece que são mil quilômetros”, reclamou.

Fonte: Agência da Notícia

Redação

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