Economia

Setor atacadista busca alternativas para contornar a crise

Representantes do setor atacadista e de distribuição de todo país estiveram reunidos nesta segunda-feira (21/03), em Cuiabá, debatendo, entre outros assuntos, como a crise econômica que atinge o Brasil está afetando o setor e as formas de contornar esta crise.

O seminário da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (ABAD), com apoio da Associação Mato-grossense de Atacadistas e Distribuidores (Amad), reuniu, no Hotel Grande Odara, 80 representantes das filiadas dos 26 estados brasileiros e do Distrito Federal.

Promovido anualmente, o seminário tem o objetivo de promover a troca de experiências e alinhar as iniciativas destinadas a beneficiar as empresas atacadistas de todo Brasil.

O setor representa 5% do PIB brasileiro, tendo faturado, no ano de 2014, R$ 210 bilhões, gerando mais de 5 milhões de empregos diretos e indiretos, sendo responsável por abastecer famílias com produtos básicos de alimentação, higiene e limpeza em todos os 5.565 municípios brasileiros, por meio do pequeno e médio varejo.

Durante o encontro, cada filiada teve a oportunidade de apresentar as atividades desenvolvidas durante os últimos meses e cases de sucesso, mas também entraves que estão prejudicando os atacadistas.

Entre os vários assuntos debatidos, buscando aprimorar a atividade desenvolvida pelo setor, “está a busca por parcerias, a necessidade de promover treinamentos, de otimizar alguns processos e serviços, e a necessidade de reduzir despesas para enfrentar a crise”, destacou o presidente da Amad, João Carlos Sborchia.

A crise econômica deu o tom dos debates. O presidente da ABAD, José do Egito Frota Lopes Filho explicou que a crise econômica já pode ser sentida após a Copa do Mundo de 2014. “Até então existia uma euforia no país devido ao Mundial. Mas, após o evento, já notamos que o cenário estava mudando”.

A crise econômica e a alta da inflação têm gerado mudanças no comportamento do consumidor brasileiro que atingem diretamente o setor. Uma das saídas e apostar no pequeno varejo, com parcerias e capacitação.

Manifesto

Os atacadistas e distribuidores, também pedem mudanças urgentes no rumo da política econômica brasileira, e para isso lançou, em Cuiabá, um manifesto intitulado “Atacadistas e Distribuidores em Prol da Retomada do Crescimento – Posicionamento do Setor Sobre o Momento Político-Econômico do Pais”.

No manifesto, a ABAD e por todas as suas filiadas, destacam a  “necessidade urgente de mudanças radicais na condução da política econômica, de modo a recuperar a confiança de empresários e investidores dentro e fora do país; e o total compromisso do governo, seja o atual ou outro que eventualmente o substitua, de buscar o equilíbrio fiscal por meio da austeridade nos gastos e de cortes reais no custeio da máquina pública, e não por meio da elevação da carga tributária, que penaliza as empresas e os cidadãos brasileiros”.

Governador

O encontrou encerrou com a presença do governador Pedro Taques, que fez uma explanação das potencialidades econômicas, destacando a importância do setor atacadista para Mato Grosso. “Eventos deste tipo e a presença de todos vocês são muito importantes para nós, para o governo e para o estado. Estamos em uma terra de oportunidades, significa que este evento para o Estado é muito importante, pois é mais uma grande oportunidade. Agora, nós temos que superar alguns desafios”.

Entre os desafios citados pelo governador estão a reforma administrativa do estado, com cortes de gastos, e a reforma tributária – uma necessidade e uma ansiedade dos empresários. O governador se posicionou contrário a volta da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) e foi muito aplaudido pelos presentes ao encontro da ABAD. Ao final, o governador recebeu uma cópia do Manifesto em Prol da Retomada do Crescimento.

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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