Cidades

Sesp e Federação de Bancos buscam alinhar sistema de comunicação integrado

Representantes das forças de segurança e da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) discutiram, em encontro realizado nesta terça-feira (01.10), soluções para o enfrentamento aos crimes praticados contra instituições financeiras em Mato Grosso. Dentre os assuntos abordados está a criação de procedimento padrão, entre os bancos, para comunicação de crime e disponibilização de imagens internas.

Conforme a delegada da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Juliana Chiquito Palhares, há investigações que não foram concluídas por falta de material que teria que ser subsidiado pela instituição bancária. “Quando iniciamos uma apuração solicitamos as imagens, contudo, nem sempre somos atendidos. Há casos em que a direção se recusa a fornecer as informações e estas atitudes dificultam o nosso trabalho”.

Outra queixa, desta vez apontada pelos profissionais da Polícia Militar (PM-MT), é sobre a demora da chegada do representante do banco quando acontece um crime de madrugada. Segundo o comandante de Cuiabá, coronel PM Esnaldo de Souza Moreira, o policial chega a ficar mais de sete horas esperando por algum responsável.

“Quando a Polícia Militar é acionada para atender uma ocorrência de madrugada, temos que ficar até o início do horário comercial, às 08h, para a chegada de algum representante do banco”.

No intuito de ampliar a segurança nos estabelecimentos comerciais, a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT), por meio do Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp), dispõe de um programa de parceria público-privada que recepciona as imagens das áreas externas na central de monitoramento. O empresário adquire a câmera e faz a instalação e todas as imagens captadas, que chegam ao centro de controle do Ciosp e são monitoradas. 

“Apresentamos vários exemplos de empresários que compartilham as imagens com o Ciosp e demonstramos o resultado eficiente. Acreditamos que se os bancos aderirem à ferramenta teremos um incremento a mais na repressão à criminalidade”, destaca o coordenador do Ciosp, tenente-coronel PM Siziéboro Elvis de Oliveira.

O diretor adjunto de operações da Febraban, Walter Tadeu Pinto de Faria, disse que a instituição está buscando implantar ferramenta de armazenamento e compartilhamento de dados para poder aprimorar a comunicação com as forças de segurança.

“Temos um sistema que está implantado desde novembro de 2018. De lá até agora nós buscamos apresentar a ferramenta para as secretarias de segurança, Polícia Militar e, recentemente, fechamos um acordo com uma unidade policial de Minas Gerais para a implementação e estamos finalizando os testes para posteriormente entrar em produção. Tenho visitado os órgãos de segurança do país para buscar essa cooperação entre a segurança pública, o serviço de inteligência e os bancos. Outro ponto que estamos trabalhando é na disponibilização de acesso para agentes da segurança pública”.

Participaram do encontro, na sede da Sesp, o secretário adjunto de Inteligência, Wylton Massao Ohara, o subchefe do Estado Maior da Polícia Militar, coronel PM Wankley Corrêa Rodrigues, o comandante de Várzea Grande, coronel PM Marcos Roberto Sovinsk, o comandante do Batalhão de Operações Especiais (Bope), tenente coronel PM Ronaldo Roque da Silva.

Redução de crimes

No estado, no período de janeiro a agosto de 2019, houve redução de 55% dos crimes praticados contra instituições bancárias, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Os dados são da Sesp-MT, e apontaram que neste ano foram registradas 56 ocorrências, enquanto que o ano passado somou 126 casos. O número total de ocorrências contabiliza os dados de roubos e furtos tentados e consumados.

O levantamento por “modus operandi” registrou 73% de redução na modalidade abertura de parede. Os 99 casos nos primeiros oito meses de 2018 passaram para 27 neste ano. Na modalidade de roubo a banco, a redução foi de 83%. Neste ano, foi registrado um caso. Já em 2018, foram seis ocorrências.

Já os ataques a caixas eletrônicos somaram 25 casos em 2019, contra 17 no ano passado. O levantamento inclui todas as agências bancárias, cooperativas de créditos e empresas de transporte de valores.

Redação

About Author

Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

Você também pode se interessar

Cidades

Fifa confirma e Valcke não vem ao Brasil no dia 12

 Na visita, Valcke iria a três estádios da Copa: Arena Pernambuco, na segunda-feira, Estádio Nacional Mané Garrincha, na terça, e
Cidades

Brasileiros usam 15 bi de sacolas plásticas por ano

Dar uma destinação adequada a essas sacolas e incentivar o uso das chamadas ecobags tem sido prioridade em muitos países.