Os servidores da saúde de Mato Grosso aprovaram indicativo de greve, que tem previsão de inicio no dia 15 de março. A aprovação ocorreu em assembleia da categoria realizada nesta quinta-feira (260. A medida acompanha a mobilização da Confederação Nacional dos trabalhadores em Educação (CNTE), que também possui indicativo de greve para a mesma data e pauta de reivindicações semelhantes.
Segundo o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos da Saúde e do Meio Ambiente de Mato Grosso (Sisma/MT), Oscarlino Alves, a decisão tem como estopim o déficit no orçamento da Secretaria de Estado de Saúde que já começa com R$ 600 milhões a menos, em relação ao ano passado.
Também é contra as imposições do governo sem dialogo com a categoria, ameaças de corte de ponto no exercício do “Estado Democrático de Direito” prometido em campanha, não cumprimento de acordo com a categoria (homologado na justiça), pelo Concurso Público (15 anos sem concurso), dentre outras imposições.
Para Oscarlino Alves é uma decisão que requer muita reflexão e responsabilidade e vem de encontro com a forma que está sendo gerido o estado. “Não há qualquer abertura de dialogo, embora tenham sido feitas dezenas de solicitações. O ano de 2017 começou com várias unidades de saúde fechadas, dentre elas o Centro de Reabilitação Dom Aquino Correa (CRIDAC), Centro Estadual de Odontologia para Pacientes Especiais (CEOPE), Farmácia de Alto Custo e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Todas têm em comum a falta de insumo, estrutura física sucateada e servidores descontentes e doentes”, afirmou Oscarlino.
De acordo com Oscarlino, decidir por uma paralisação é uma medida extrema, mas de suma importância, pois “demonstra de forma clara e objetiva todas as mazelas que vem passando a população e os servidores públicos mato-grossenses do poder executivo”, afirmou.