Dica da Academia

Série Mozart de Christian Jacq

O escritor e egiptólogo francês Christian Jacq é conhecido por seus romances, bem como livros de não-ficção, ambientados no Antigo Egito, tendo o prêmio da Academia Francesa com o seu livro “O Egito dos Grandes Faraós”. Pela Universidade de Paris se gradou como bacharel, mestre e doutor em egiptologia, defendendo a tese The Journey through the Netherworld as Perceived in Ancient Egypt: the Trials and Metamorphoses of Death According to Inscriptions Found in Pyramids and Sarcophagi, publicada em 1986.

Com mais de cinquenta livros, incluindo diversos estudos na área da egiptologia, Christina Jacque lançou a Série Mozart que é constituída dos livros “Mozart: O Grande Mago”, “Mozart: O Filho da Luz”, Mozart: O Irmão do Fogo” e “Mozart: O Amado de Ísis”.

No primeiro volume “Mozart: O Grande Mago” se encontra a descrição da criança prodígio que compunha para “descobrir as notas que se atraem” e conhece Thamos, conde de Tebas, que vem do Alto Egito para fazer a iniciação do Grande Mago.

No segundo volume “Mozart: O Filho da Luz” o jovem músico vai para Viena após desagradar o príncipe-arcebispo de Salzburgo e tenta com alguns amigos formar uma loja para transmissão de ritos maçônicos inspirados nos Grandes Mistérios Egípcios, quando o poder vigente considera a Maçonaria uma sociedade de ideias revolucionárias perigosas.

No terceiro volume “Mozart: O Irmão do Fogo” o compositor se inspira nos ritos maçônicos para criar duas de suas famosas óperas “As bodas de Fígaro” e “Don Giovanni”, seguindo a ameaça do poder vigente contra as lojas maçônicas, que passam a ser vigiadas de perto pela polícia, além das ameaças de Antonio Salieri, entre outros músicos invejosos, que buscam impedir a apresentação das obras do gênio.

No quarto volume “Mozart: O Amado de Ísis a Revolução Francesa irrompe e ameaça abalar todas as monarquias europeias, fazendo com que as lojas maçônicas sejam suspeitas ao olhos do imperador austríaco, mas Mozart consegue forças para compor a sua Grande Obra, “A Flauta Mágica”, com o objetivo de transmitir a sabedoria de Ísis e Osíris, abrindo caminho para iniciação egípcia no Ocidente. Seus inimigos não lhe dão a mínima trégua e chega o momento de sua prova suprema.

Ao narrar essa aventura espiritual e a vida secreta de um dos maiores compositores da História, Christian Jacq revela com riqueza de detalhes e fontes bem indicadas como foi a estreita ligação de Mozart com a franco-maçonaria. A Série Mozart consegue fazer com que o leitor somente se sinta definitivamente satisfeito ao finalizar a leitura de todos os quatros volumes.

Antonio Horácio da Silva Neto

About Author

Antonio Horácio da Silva Neto é juiz de direito do Tribunal de Justiça de Mato Grosso e presidente da Academia Mato-grossense de Magistrados. Colaborador especial do Circuito Mato Grosso desde 2015.