Obra prima do filósofo André Comte-Sponville foi traduzida para mais de 25 idiomas e aborda a compreensão das virtudes para que se possa fazer ou ser, ou viver, e medir com isso os comportamentos exemplares no âmbito da sociedade
André Comte-Sponville é um filosófo materialista, racionalista e humanista, nascido em Paris. Foi professor de filosofia e por muito tempo mestre de Conferências da Universidade de Paris I (Panthéon Sourbonne), de onde partiu para dar suas aulas e conferências fora da universidade parisiense.
Na sua análise e produção de texto Comte-Sponville procura ver as coisas como ela são, sem se iludir, e se aproxima do racionalismo crítico de Karl Popper quando se fale em conteúdo epistemológico. Busca separar os valores da ordem prática com o conhecimento da ordem teórica.
Comte-Sponville diz que “filosofar é pensar a vida e viver o seu pensamento”, propondo uma metafísica materialista e uma espiritualidade sem Deus, sendo o conjunto uma “sabedoria para o nosso tempo”. Mostrando os caminhos pelos quais desenvolve seus estudos e raciocínios.
“Das virtudes quase não se fala mais. Isso não significa que não precisemos mais delas, nem nos autoriza a renunciar a elas. É melhor ensinar as virtudes, dizia Spinoza, do que condenar os vícios. É melhor a alegria do que a tristeza, melhor a admiração do que o desprezo, melhor o exemplo do que a vergonha”. In Pequeno Tratado das Pequenas Virtudes, de André Comte-Sponville.
Para aqueles que pretendem se aprofundar sobre as virtudes, de pequeno o tratado de André Comte-Sponville não tem nada. É uma obra-prima grande que merece a atenção de todos os leitores.
Dica da Academia: Pequeno Tratado das Grandes Virtudes. André Comte-Sponville. Editora Martins Fontes. São Paulo. 2010.