Mato Grosso deverá recursos do programa REM para aplicação em tecnologia de controle do desmatamento. A Sema (Secretaria de Estado de Meio Ambiente) afirma que o Estado cumpriu a meta de manter-se abaixo de 1.788 km² de área desmatada estabelecida pelo programa. O Estado ficou em 1.685 km², conforme dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
Conforme o governo, a redução do desmatamento credenciou Mato Grosso para recebimento dos recursos do projeto internacional financiado pelos governos da Alemanha e do Reino Unido que premia as jurisdições pioneiras na Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (REDD+).
O secretário-adjunto executivo Alex Marega disse que a expectativa é reduzir drasticamente as taxas de desmatamento com o investimento em novas tecnologias como a plataforma de monitoramento da cobertura vegetal por meio da constelação de satélites Planet.
“Mato Grosso sempre trabalhou muito para manter os índices sobre controle e a nossa expectativa agora é que a tecnologia nos auxilie a evitar o desmatamento, reduzindo drasticamente os índices”, projeta.
A Sema informou que aplicou até julho cerca de R$ 380 milhões em multas em uma área total embargada de mais de 70 mil hectares. Desde a deflagração, em agosto, da Ação Integrada de Combate ao desmatamento e queimadas na Amazônia, os órgãos de controle identificaram mais de 71 mil hectares a serem autuados em uma estimativa de multa de mais de 270 milhões. A projeção é que sejam aplicados mais de R$ 700 milhões em autos de infração por crimes contra a flora neste ano, mais que o dobro dos autos lavrados em 2018.
Na parte de cima do desmate
O Inpe ressaltou na análise dos números de desmatamento da floresta amazônica que, apesar de reduzir o desmatamento, Mato Grosso continua dentre os Estados que mais destroem a floresta.
Análise feita com base nos números do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), sistema usado pelo Inpe para a monitoração de casos, mostra que Mato Grosso foi responsável, neste ano, por 17,2% da derrubada de mata numa área de 9.762 km². Um equivalente a mais de dez campos de futebol do tamanho do Maracanã (RJ).
O Pará foi responsável por 39,5%, Rondônia aparece em seguida. Juntos, os três Estados são responsáveis por 84% da área desmatada na floresta amazônica. A média histórica é de 13.938 km², o que representa queda para os números de 2019.
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