A greve dos servidores públicos do Departamento de Trânsito de Mato Grosso (Detran-MT) deve continuar por tempo indeterminado. A categoria se reuniu nesta tarde de quarta-feira (25) com o Secretário da Casa Civil Max Russi para tentar um acordo, mas nenhuma proposta foi apresentada.
A categoria exige um aumento salarial e o governo afirma que não pode conceder. Esta já é a 4ª greve do Detran em 3 anos. Os servidores estão em greve desde o dia 11 de setembro, e está completando 45 dias que os serviços estão comprometidos.
O governo tem afirmado que não vai conceder qualquer tipo de aumento salarial. E na primeira nota, alega que não está em condições de fazer reajustes em função da crise econômica que afeta as contas públicas do Estado e que toda margem de aumento foi concedida na negociação para o pagamento da Revisão Geral Anual (RGA).
O Setor Jurídico da Casa Civil ingressou com uma ação para declarar a greve ilegal. Mas o recurso foi negado pela desembargadora Maria Erotides Kneip, que deu prazo de 10 dias para os servidores se explicarem, tendo em vista que o mesmo venceu dia 10/10.
Segundo a presidente, Daiane Renner são seis anos de luta em busca de uma atualização salarial que não ocorre. “A nossa pauta é única na greve, que é a atualização da nossa tabela salarial. Então o sindicato iniciou em janeiro as tentativas de discussão com o governo do Estado, porque a última tabela da categoria foi publicada em 2011”, diz.
Ela explica que há mais de oito meses os servidores vêm conversando com o governo para abrir uma central de negociação dentro do que pede inclusive a política salarial. “Nós fizemos várias reuniões com discussões técnicas pra discutir a necessidade de uma nova tabela, inclusive que acompanha a política salarial que já está sendo praticada por outras categorias do Estado”, cita.
Questionada sobre o acúmulo de serviços, Daiane rebateu e disse que esse é o momento apropriado para exigir aumento significativo. “Os serviços básicos estão sendo mantidos. É claro que o governo já tinha que ter convocado o sindicato e apresentado proposta pra não alongar por tanto tempo esse sofrimento, mas é necessária a luta da categoria por melhorias”, finaliza.
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