A queda na produção e a necessidade dos produtores em vender provocaram diminuição dos estoques das cooperativas em relação ao ano passado. O preço da saca, em torno de R$ 450, também tem incentivado as vendas do café. Em três das principais cooperativas da região, os depósitos têm dois milhões de sacas. São 20% a menos do que em 2013.Em uma cooperativa de Três Pontas, todo o estoque de 2013 chegou a 1,2 milhão de sacas. Praticamente não havia mais espaço em seis armazéns. Já agora, com a colheita quase finalizada, o que foi entregue, somado à safra remanescente, só chega a 850 mil sacas.
A moeda do sul de Minas é café. Quando essa safra diminui, diminuem os recursos que giram em torno do comércio, da indústria, da prestação de serviço e na economia de um modo geral, avalia Nivaldo Melo Tavares, diretor da Cooperativa de Três Pontas.Segundo o presidente do Centro do Comércio de Café de Minas Gerais, Archimedes Coli, com a safra menor e os estoques remanescentes praticamente esgotados, poderá faltar café para atender a demanda.
Se nós levarmos em consideração que o Brasil tem uma demanda de 54 milhões de sacas durante o período de um ano, entre consumo interno e exportação, nós vamos ver que a safra que nós estamos colhendo agora de 45 ou 46 ou 47 milhões, porque os números também são divergentes, nós teremos um estoque exatamente para uma demanda de dez meses a 12 meses.Então, nos leva a conclusão que nós vamos chegar a safra de 2015 com os estoques praticamente zerados, alerta Arquimedes Coli Neto, presidente do Centro de Comércio do Café.
G1