Cultura

Se não agora, será quando?

Foi em busca de tudo isso e mais um pouco que abandonei a Ponta de Leme e rumei para São Paulo. Um grande evento de turismo, a Word Travel Market Latin América, atraiu minha atenção.
 
Um ano e pouco antes da Copa do Mundo achei que seria uma boa oportunidade para ver o que o Brasil e o mundo tinham para mostrar no setor. Ali estavam reunidos representantes do segmento do mundo inteiro. Isso imaginava eu ao adentrar o Transamérica Expo Center onde 1.245 expositores vendiam seu peixe.
 
Eram tantas opções que, antes de começar uma exploração mais detalhada, preferi me refugiar na sala de imprensa para organizar o que faria durante os três dias do evento que também incluía o 39º Encontro da Braztoa – Associação Brasileira de Operadoras de Turismo. Havia opções para qualquer modalidade: conferências, seminários, rodadas de negócios, etc, etc… Decidi ser racional e objetiva diante de tantas opções, eleger minhas prioridades.
A primeira, pouco profissional e mais emocional, era  verificar como estava o material de divulgação da sede pantaneira da Copa do Mundo de 2014.
 
Explico o porquê da minha curiosidade: em outubro do ano passado havia ido ao encontro anual da ABAV, Associação Brasileira de Agentes de Viagem, no Riocentro, Rio de janeiro. E, diante de uma acanhada e mal localizada bancadinha lateral do stand conjugado com Brasília e Goiás, ficado chocada e   decepcionada com a folheteria que tinha a vã pretensão de apresentar à indústria turística as exuberantes atrações dos três ecossistemas que compõe Mato Grosso. Lá, disseram-me que aquela participação pífia se devia ao fato de que uma nova campanha seria lançada visando atingir os promotores do setor para vender Mato Grosso para a Copa do Mundo. Tolinha que sou, acreditei…
 
Ainda na entrada da WTM no setor que reunia os estados brasileiros um enorme stand plotado com as belezas do pantanal atraiu minha atenção. A medida que me aproximava aparecia em letras garrafais o nome do estado. M+A=MA, T+O=TO, G+R+O=GRO, S+S+O=SSO. Mato Grosso! Exultei. Só que as letras não terminavam por aí. Havia mais. D+O=DO S+U+L=SUL. Mato Grosso do Sul…
 
Ao passar foi que resolvi subir para a sala de imprensa, guardando o gostinho de ver o que a gente bronzeada de Mato Grosso havia preparado para o megaevento para depois. Deixando a cereja do bolo por último, pra ficar com seu bouquet como uma recordação nas papilas gustativas.
 
Já no press room nas estantes repletas de informações, brindes e panfletos, procurando nossa nova campanha, de longe vi uma belíssima pasta, com uma foto maravilhosa na capa de algo que parecia uma aérea do Pantanal. Meu coração bateu mais forte! Seria esse nosso material? Quando me aproximei, descobri que era um material de Botswana. Já ouviram falar? Pois até este pequeno país africano estava lá. Impecável, irresistível, encantador, com seus alagados, animais exóticos e maravilhosos resorts.
 
Do meu estado querido tive o prazer de reencontrar o Seiji e a Nizilda, amigos queridos, e nada mais!
 
Por isso, sofismando, se o ditado que diz “onde há fumaça há fogo” é verdadeiro, onde haverá Copa do Mundo há divulgação intensa. O que não acontece nem com Cuiabá nem com Mato Grosso… Espero, sinceramente, ter entendido mal o recado claríssimo dado por nossa inacreditável ausência na WTM.
 
*Valéria del Cueto é jornalista, fotógrafa e gestora de carnaval. Essa crônica faz parte da série “Parador Cuyabano ”,  do SEM FIM… delcueto.wordpress.com 

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