O acumulado no mês, até o dia 9, o fluxo cambial está negativo em US$ 1,737 bilhão, resultado de uma saída líquida de US$ 1,519 bilhão na conta financeira e de um déficit de US$ 218 milhões na conta comercial.No ano, entretanto, o fluxo cambial está positivo em US$ 3,104 bilhões, sendo impulsionado pelo superávit de US$ 2,522 bilhões na conta comercial e uma entrada de US$ 582 milhões na conta financeira.
No mesmo período do ano passado, o fluxo cambial estava positivo em US$ 720 milhões.
O país fechou abril com a maior entrada de dólares em 11 meses. O fluxo cambial fechou o mês positivo em US$ 2,78 bilhões.Segundo analistas, a entrada de recursos no Brasil, neste ano, tem a ver com "recursos externos especulativos" que se valem da oportunidade decorrente da perda de ritmo da recuperação da economia americana ao início do ano.
A variação do dólar no Brasil também está relacionada, segundo economistas, com a decisão do Federal Reserve (BC dos Estados Unidos) de retirar gradualmente, em ritmo mais lento do que o estimado anteriormente, os estímulos da economia norte-americana e com a perspectiva de uma acomodação do crescimento em um patamar menor do que o registrado nos últimos anos na China.
Além disso, outro fator que também tem impacto na cotação da moeda norte-americana são os juros altos da economia brasileira, atualmente em 11% ao ano. Em termos reais, ou seja, descontando a inflação prevista para os próximos 12 meses, são os juros mais altos do planeta. Os leilões de contratos de "swap cambial" pelo Banco Central instrumentos que funcionam como uma compra de dólares no mercado futuro, também têm impacto no preço do dólar no mercado à vista.
G1