A preocupação com a assepsia deveria ser algo comum a todos nós mesmo antes de qualquer pandemia, porém, precisou da chegada de um novo vírus para que a gente passasse a se interessar de verdade em manter o nosso corpo e os ambientes que frequentamos livres dos perigos trazidos por germes, bactérias ou vírus.
Essa nova realidade nos fez lembrar também que para a prevenção surtir efeito é necessário que a preocupação seja coletiva, e nesse contexto entra o nosso dever de redobrar a atenção com os pets, que podem servir de “transporte” para esses visitantes indesejados, que podem prejudicar a saúde da família toda.
Se entre os humanos o uso de álcool em gel é indicado para manter as mãos higienizadas, o mesmo não pode se dizer dos bichinhos. No caso deles, ao invés de evitar um problema, pode-se acabar gerando um outro maior.
Pele mais sensível
Os produtos de higiene para os pets não existem à toa ou por mera oportunidade do mercado faturar, de fato não é recomendado que você utilize um sabonete igual ao que você usa para tomar banho para ensaboar o seu peludinho.
Cães e gatos têm uma pele mais sensível e que exigem cuidados específicos, por isso, não pode ser feito o uso de álcool em gel ou demais produtos abrasivos, já que eles podem ressecar e lesionar a pele dos pequeninos. “Não indico o uso de álcool em gel nas patinhas dos pets após passeios ou para assepsia frequente, pois muitos animais têm reações alérgicas, que podem gerar um monte de dermatites”, explica Guilherme Miranda, Coordenador Técnico de Serviços Veterinários da Petlove.
Avise todo mundo em casa que o álcool e o álcool em gel são exclusivos para os humanos e que os produtos devem ser mantidos longe dos animais, caso contrário, eles podem sofrer lesões sérias, mesmo que a intenção de prevenir a família exista.
O melhor jeito de higienizar as patinhas e pelos dos seus pet é fazer uso de lenços umedecidos para pets, produtos de higiene específicos para os bichinhos ou, claro, a sempre recomendada água com sabão sabão neutro. Não esqueça de sempre deixar tudo bem sequinho para evitar problemas na pele, como irritação e proliferação de fungos.
A preocupação com a assepsia do animal não deve ser motivo para aumentar a recorrência dos banhos. Deixe as limpezas diárias para o lenço umedecido e leve seu filho de quatro patas para uma ducha só quando for realmente necessário. “Os banhos não precisam ficar mais frequentes, até porque a recomendação atual é ficar em casa. O indicado é que os banhos não aconteçam em um intervalo menor do que uma semana para evitar ressecamento da epiderme do bichinho”, explica Miranda.