Alguns especialistas já projetam 19,4 milhões de toneladas para o estado, que vem aumentando a produtividade e ganhando espaço no mercado internacional ano a ano.
Segundo o diretor executivo da Aprosoja, Marcelo Duarte, será um recorde histórico. “Pelo segundo ano consecutivo o Brasil vai produzir mais milho safrinha do que safra. O fator preocupante é que não temos mercado interno para este consumo e as exportações ainda são pequenas”, afirmou durante o Circuito Aprosoja em Tapurah. O município produz milho em uma área de 52,9 mil hectares e soja em 165 mil hectares.
O milho é plantado na maioria dos países do mundo, mas o maior produtor são os Estados Unidos, com 300 milhões de toneladas. Em seguida vem a China, com cerca de 190 milhões de toneladas, e o Brasil, com 73 milhões de toneladas. As exportações ainda são bastante baixas por este fator, apenas 10% do que é produzido no Brasil vai para outros países. Os maiores importadores são Japão, México e Coreia do Norte, e todos compram menos de 10 milhões de toneladas.
E se a safra de milho norte-americana for boa, haverá uma produção de 970 milhões de toneladas do grão, com consumo de 925 milhões de toneladas, e essa conta pode afetar fortemente os preços. “É necessário que o mercado interno consuma mais milho e também que o governo aja comprando a produção para que o preço não caia significativamente”, explicou.
O presidente da Aprosoja, Carlos Fávaro, durante reunião com o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Antônio Andrade, propôs a realização de leilões para garantir a comercialização do milho de Mato Grosso.
Soja – A soja continua sendo a commodity mais importante para os produtores mato-grossenses e brasileiros. Neste ano, o Brasil passou os norte-americanos na produção da oleaginosa, com 84 milhões de toneladas. Devido à forte seca nos Estados Unidos, o país produziu 82 milhões de toneladas e a Argentina vem em terceiro lugar, com 52 milhões de toneladas. “Se Mato Grosso fosse um país, seria o quarto maior produtor de soja do mundo”, disse Marcelo Duarte.
Do total da produção brasileira, 70% vão para a China, nosso maior consumidor. O executivo chinês Lin Tan está participando do Circuito Aprosoja e mostrando aos produtores por que seu país é tão ávido pelo grão. O segundo vice-presidente da Aprosoja na região Norte, Silvésio de Oliveira, acredita que é importante ter informações diretamente do cliente. “Precisamos ficar atentos para saber o que outros produtores, de outros países, e o nosso principal cliente pensam sobre a nossa produção e no que podemos melhorar”, afirmou.
Por Sandra Carvalho (Com Assessoria)
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